Produção de carne baixo carbono

Durante a COP30, a Embrapa lançou o Protocolo Carne Baixo Carbono, um sistema de certificação que une eficiência pecuária, conservação ambiental e redução de gases de efeito estufa. O lançamento ocorreu na Agrizone, área instalada próxima à sede da conferência do clima. A tecnologia propõe um conjunto de boas práticas que elevam a produtividade sem comprometer a sustentabilidade. Um dos pontos centrais do protocolo é a idade de abate: os animais devem ser terminados até os 30 meses.


O protocolo CBC 

Testes feitos em diferentes imóveis rurais que adotaram o protocolo mostraram um nível de redução das emissões de carbono entre 26% e 50%, sendo que a média ficou em 35%. Além disso, o Carne Baixo Carbono (CBC) indica um aumento da produtividade. Por exemplo, a taxa de lotação média no Brasil é de um animal por hectare. Nas fazendas que adotaram o protocolo, a média chega em dois animais por hectare, com alguns casos chegando a três.


Benefícios para o produtor

O CBC é um protocolo que o produtor adere de forma voluntária. É desenvolvido para sistemas pecuários a pasto, sendo permitida a fase de terminação (os últimos 120 dias antes do abate) em sistema de confinamento ou semiconfinamento.  O protocolo preconiza a rastreabilidade do rebanho e tem compatibilidade com as exigências das exportações à China, ou seja, o chamado Boi-China. As vantagens são a valorização da carne – o selo do protocolo agrega valor ao produto final, podendo abrir portas para novos mercados e mercados mais exigentes; pastos mais produtivos e solos mais férteis e aumento da resiliência da fazenda.


Adesão e auditoria inicial

A partir do início de 2026, os produtores interessados em certificar sua produção poderão fazer a inscrição no programa de certificação CBC, acessando à plataforma da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e atender aos requisitos mínimos obrigatórios na auditoria inicial. A entidade é a responsável pela gestão do protocolo e do programa de certificação. Feita a adesão, deverá ser escolhida uma das certificadoras credenciadas para firmar um contrato de serviço de auditoria. Depois, é preciso apresentar a documentação da adesão e comprovar que o imóvel que será certificado não tem passivo ambiental e trabalhista. Superada essas etapas a certificadora fará uma auditoria local e o aval de acesso para começar a implementação do CBC dependerá dessa análise.


Primeira usina de etanol de trigo do Brasil

A Sema e a Fepam entregaram a Licença de Operação da usina da C.B Bioenergia, em Santiago, que passa a produzir etanol a partir do trigo. A iniciativa reforça a matriz energética limpa do RS, amplia a oferta de biocombustíveis e gera novos empregos na região. Com capacidade de produzir mais de 2.400m³de etanol por mês e toneladas de subprodutos destinados à alimentação animal. Outra grande usina de etanol de cereais, que também incluirá trigo, além de triticale, milho e sorgo, está em construção em Passo Fundo, com previsão de início de operação para 2026. As usinas representam um avanço significativo em inovação e descarbonização no Estado além de reduzir a dependência do Rio Grande do Sul do etanol produzido em outras regiões.  

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