Em São Gabriel, 13 Estratégias de Saúde da Família (ESF) eram assistidas por médicos cubanos. Conforme o secretário de Saúde, Ricardo Coirolo, todas as 13 vagas já foram preenchidas pelo edital, sendo três delas por médicos gabrielenses. Coirolo tem expectativa de que até a segunda metade de dezembro os profissionais estejam atuando no município.
- Eles devem chegar até dia 14 e, primeiramente, devem passar por uma capacitação para atuar na atenção básica. Agora, só nos resta aguardar - relata o secretário.
Em Cruz Alta, há três vagas em aberto, que antes eram ocupadas por cubanos. Conforme a secretária de Saúde, Débora Espina, até agora, a prefeitura não recebeu nenhuma informação sobre o preenchimento das vagas pelo edital do Governo Federal. Por enquanto, os outros médicos da atenção básica estão se revezando para ajudar nas unidades sem atendimento. A secretária ainda tem esperança de que as médicas cubanas consigam ficar na cidade.
- Um das nossas médicas cubanas, inclusive, casou-se com o companheiro brasileiro e teve um filho aqui no Brasil. Ela deseja muito ficar. Vamos ver se há possibilidade de um edital ser aberto para os cubanos que queiram permanecer no país - afirma Débora.
A cidade de Cruz Alta foi uma das mais afetadas pela saída de médicos cubanos, tanto que foi necessário cancelar o atendimento médico na semana passada em três Estratégias de Saúde da Família (ESF) do município - Primavera, Lizabel e Fátima. Para esta semana, foi montada uma escala de atendimento:
- Quarta-feira pela manhã: ESF Primavera;
- Quarta-feira pela tarde: ESF Fátima;
- Quinta-feira pela manhã: ESF Primavera;
- Sexta- feira pela manhã: ESF Lizabel.
Caçapava do Sul contava com três médicos cubanos. Agora, a Secretaria de Saúde dialoga com outros profissionais que atuam em ESFs e Policlínica e que atendem como plantonistas nas ESFs até que as vagas sejam novamente preenchidas. Conforme a assessoria de comunicação da prefeitura, dois médicos já se cadastraram nas vagas ofertadas pelo edital: um médico vindo de Santiago e outro de Minas Gerais. Ainda não se sabe quando eles começam a atender.
Faxinal do Soturno perdeu duas médicas cubanas. Com isso, hoje, apenas um médico atende na unidade da sede. Conforme o secretário de Saúde, Lourenço Domingos Moro, as a unidade do interior está sem atendimento médico. Moro afirma que não sabe se as vagas foram preenchidas pelo edital.
Nova Palma também contava com dois cubanos. Com a saída deles, os dois postos do interior estão fechados. Conforme a secretária de Saúde, Eleni Cizonia Oliveira Dalla Nora, dois médicos demonstraram interesse nas vagas ofertadas pelo edital, mas ainda não entraram em contato com a prefeitura.
Dos cinco médicos que atendiam na atenção básica de Pinhal Grande, um era cubano e foi embora. Os outros quatro médicos estão se revezando no atendimento, que é centralizado apenas na sede. De acordo com o secretário de Saúde, Saulo João Garlet, a vaga foi preenchida pelo edital do Governo Federal, mas não há previsão de chegada do profissional.
Dona Francisca e Toropi não tinham médicos cubanos.
Em São Francisco de Assis, que contava com três médicos cubanos, uma já vaga foi preenchida pelo edital do Governo Federal. Segundo a secretária de Saúde, Githania Carvalho Severo, a profissional entrou em contato com a prefeitura e chega na próxima semana para conhecer a cidade. A expectativa é de que ela comece a atender a partir do dia 14 de dezembro. No momento, um médico com contrato emergencial atende em escalas as três unidades de saúde que ficaram sem os cubanos.
A cidade de Cacequi está atuando com metade da equipe médica da atenção básica. Dos quatro médicos do município, dois eram cubanos. De acordo com o secretário de Saúde, Leomar Maurer, os dois médicos que restaram se dividem no atendimento das quatro unidades existentes. Maurer confirma que as duas vagas foram preenchidas pelo edital, mas não recebeu contato de nenhum profissional, nem sabe quando eles devem começar a atender.
Em São Vicente do Sul, conforme o prefeito Paulo Sergio Rodrigues Flores, as duas médicas cubanas que atendiam no município pediram asilo político, mas ainda não tiverem resposta sobre o pedido. No momento, uma das três unidades básicas da cidade está sem atendimento. O prefeito não soube informar se há interessados nas duas vagas ofertadas no edital.
Quevedos deve receber já nesta quinta-feira o médico, vindo de Santa Maria, que se cadastrou para substituir o profissional cubano que atuava na cidade. Conforme a secretária de Saúde, Ângela Luz, a expectativa é de que ele comece a trabalhar já na próxima semana.
Mata, que contava com um médico cubano, teve que suspender o atendimento na unidade básica do interior do município. Segundo o prefeito Sérgio Roni Bruning, uma médica que atendia em Toropi se inscreveu no edital do governo e a prefeitura espera que ela comece a atender em Mata até o dia 14 de dezembro.
