Em julgamento nesta quinta-feira no Fórum de Santiago, o jovem Wiler Vargas Pereira, 28 anos, foi absolvido por inimputabilidade penal. Ele é acusado de matar a avó Maria José Flores Vargas, 81 anos, e ferir o tio Severiano Flores Vargas, 42 anos, em agosto de 2017.
Ainda conforme a sentença, foi determinada a internação por tempo indeterminado do jovem no Instituto Psiquiátrico Forense (IPS) em Porto Alegre, já que foi comprovado que ele possui problemas psicológicos e não responde pelos seus atos. Cabe recurso da decisão.
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Conforme a sentença da juiza Cecilia Laranja da Fonseca Bonotto, o réu foi "absolvido impropriamente, em razão de o Tribunal do Júri ter reconhecido sua inimputabilidade em razão do réu, ao tempo de sua conduta, em decorrência de doença mental, ser inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito dos fatos".
O Diário tentou contato com a defesa de Wiler, mas as ligações não foram atendidas.
O CASO
Maria José Flores Vargas foi morta a facadas no dia 20 de agosto de 2017 em Santiago. O crime aconteceu pouco antes das 11h, na casa onde ela morava, na Rua Zico Almeida, no Bairro Vila Nova. O filho dela, Severiano Flores Vargas, ficou ferido ao tentar defender a idosa.
Wiler foi preso no mesmo dia como principal suspeito do crime. Uma testemunha contou, em depoimento à polícia, que estava dormindo na mesma casa em que as vítimas foram golpeadas. Ela acordou e viu o suspeito, que saiu do local e foi para casa onde mora nas redondezas. O suspeito chegou a ser encaminhado ao Presídio Estadual de Santiago.
O jovem frequentava o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), onde teria acompanhamento psicológico. Porém, conforme relato da testemunha à polícia, o homem não parecia estar em surto quando cometeu os crimes. Na época, Wiler alegou que sofre de problemas mentais e que não lembrava do que havia feito.
*Colaborou Janaína Wille
