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Reunião do Conselho do Geoparque Quarta Colônia ocorre nesta quinta-feira

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Foto: arquivo da Pró-Reitoria de Extensão da UFSM
Gruta do Índio, em Agudo, é um dos pontos turísticos que fazem parte do projeto Geoparque

Nesta quinta-feira , na Câmara de Vereadores de Faxinal do Soturno, ocorrerá a 1ª Reunião das Comissões do Conselho Gestor do Geoparque Quarta Colônia. Às 14h, serão debatidos os rumos do projeto que promove, a partir de articulações da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e comunidade da Região Central, o desenvolvimento sustentável dos municípios da Quarta Colônia de Imigração Italiana.

Conforme o pró-reitor de extensão da UFSM, Flavi Ferreira Lisboa Filho, ao longo de fevereiro, audiências públicas foram realizadas nos nove municípios que compõem a iniciativa.

- Vamos reunir amanhã todas as pessoas que se cadastraram para fazer parte das comissões do conselho gestor - explica o professor.

COMPOSIÇÃO

O Conselho Gestor ficará vinculado ao Consórcio de Desenvolvimento Sustentável (Condesus) da Quarta Colônia e terá 10 integrantes: duas pessoas indicadas pelo próprio Condesus, duas pela UFSM, e duas indicadas por cada uma das três comissões do conselho. Essas comissões estão divididas em Meio-ambiente e Turismo, Negócios e Renda e Educação, Cultura e Comunicação.

Elas têm os chamados integrantes "natos", indicados por instituições, como Emater, Faculdade Antonio Meneghetti e UFSM, e integrantes associados, ou seja, cidadãos que moram em qualquer município da Quarta Colônia e tem o desejo de participar dos debates.

- A ideia é que essas comissões temáticas respaldem as decisões do conselho gestor - conta Flavi.

ENSINO

A UFSM participa do projeto como uma articuladora de diferentes áreas de conhecimento. Ou seja, com a execução de iniciativas extensionistas, a instituição quer fomentar o aprendizado dos alunos e, ainda, alavancar as potencialidades da região.

- Há profissionais e alunos atuando na área de alimentos, educação física, história, arquivo, biologia, geografia, engenharia florestal, comunicação. Enfim, a UFSM atua em conjunto com a comunidade local - explica o professor.

A partir das reuniões realizadas nas câmaras de vereadores dos municípios da Quarta Colônia, surgiu a necessidade de qualificação, em nível de mestrado, e de formação continuada dos professores. Com isso, nesta semana, cerca de 15 professores da rede municipal de ensino destas cidades iniciarão, na sexta-feira, o mestrado em Patrimônio Cultural na UFSM.

- A ideia do geoparque envolve preservação e potencialidades. São vários ganhos para a região - diz o pró-reitor.

De acordo com Flavi, somente em 2019, pelo menos 180 viagens oficiais até a Quarta Colônia foram realizadas com carros da universidade.

PRÁTICA

No último sábado, ocorreu o lançamento do Programa Geotrilhas, em Agudo. A abertura da atividade foi voltada para os professores da Terra dos Moranguinhos, e contou com a presença de servidores da Pró-Reitoria de Extensão da UFSM e de outros integrantes do projeto Geoparque Quarta Colônia.

O Programa Geotrilhas é uma parceria entre a Secretaria de Educação de Agudo e a Agudo Ecoturismo. Nela, os alunos do ensino básico participarão de trilhas guiadas por profissionais para conhecer o geoparque de Agudo e conscientizar os estudantes através da educação ambiental, por meio do ecoturismo.

- A região possui um potencial turístico muito grande a ser explorado. Temos que trabalhar com toda a cadeira produtiva, que tem necessidade de hospedagem e alimentação, por exemplo. O produto que chega aos restaurantes deve ser cultivado e, depois, processado. Se você for passear, não encontra produtos genuínos da Quarta Colônia, o que significa que há uma demanda. Os passeios, as trilhas, esportes náuticos, os museus, as agroindústrias, a pesquisa paleontológica, que têm muito valor, tudo isso deve ser explorado - conclui Flavi.

PROJETO

No meio do ano, o projeto Geoparque Quarta Colônia pretende solicitar ao Ministério do Turismo o reconhecimento como "aspirante" a Geoparque. Com intermédio do governo federal, essa distinção é concedida, em nível mundial, pela Unesco. Por enquanto, a iniciativa, oficialmente, está na primeira fase, a de "projeto".

*Colaborou Rafael Favero

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