Foto: Prefeitura de Cruz Alta (Divulgação)
ESF Vila Lizabel é uma das unidades que está sem médico fixo
Há mais de um mês, a população de Cruz Alta sente os efeitos da saída dos profissionais cubanos do Programa Mais Médicos. Na cidade, três médicos de Cuba atendiam nas unidades de saúde. Além desses, outros três brasileiros participavam do programa e deixaram o município em março de 2017. Conforme a secretária de Saúde, Débora Espina, até agora, nenhuma das seis vagas foi reposta pelo Governo Federal. Com isso, a prefeitura está contratando médicos com contrato de emergência para suprir as ausências.
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Nesta sexta-feira, a prefeitura abriu três vagas, com 40 horas semanais, para atendimento nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs) Primavera, Lizabel e Fátima. Os interessados devem procurar a secretaria de Saúde, pela Coordenadora da Atenção Básica, no telefone (55) 99640-1582. O salário é de R$ 14 mil reais.
De acordo com a secretária de Saúde, os médicos que atualmente trabalham na Atenção Básica estão se revezando para atender todas oito ESFs. Hoje, atendem na cidade dois profissionais oriundos do Programa Mais Médicos e outros três com contratos emergenciais. Esses médicos atendem, em média, uma ou duas vezes por semana em cada unidade. Em novembro, a prefeitura chegou a suspender o atendimento em algumas unidades. Com as três novas vagas, a prefeitura espera normalizar o atendimento.
- Apesar de ter profissionais inscritos, nenhum se apresentou após a publicação do edital do governo. Mas o problema vem de antes. Em 2017, três profissionais brasileiros abandonaram o programa e as vagas não foram reabertas pelo Governo Federal. Na época, também precisamos realizar contratos emergenciais - conta a secretária.
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Débora estima que cerca de 15,5 mil pessoas sejam atingidas com a falta de médicos no município. Nos dias em que não há atendimento nas ESFs, em caso de urgência, os moradores precisam se deslocar da sua região para conseguir atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
- As áreas que estão desassistidas são as mais carentes da cidade, as regiões periféricas. É um gasto muito grande para o município arcar com as despesas dos profissionais, que deveriam ser custeados pelo Governo Federal. Mas entendemos que a população não deve sofrer essas consequências - relata Débora.
PROGRAMA MAIS MÉDICOS
Sem ter preenchido todas as vagas previstas do Programa Mais Médicos, o Governo Federal fez nova chamada. O prazo para escolha de vagas por médicos formados fora do país e que já enviaram documentação foi prorrogado. Brasileiros graduados no exterior têm até os dias 23 e 24 de janeiro para selecionarem os municípios de alocação. Ao todo, estão disponíveis 2.448 vagas em 1.177 cidades e 28 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Os postos abertos são referentes às localidades não ocupadas na primeira seleção.
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De acordo com a pasta, 10.205 profissionais brasileiros e estrangeiros com habilitação para exercício da medicina no exterior (sem registro no Brasil) completaram a inscrição no programa. As documentações ainda estão em análise.
Confira o cronograma das próximas etapas:
- De 07/01 a 10/01 - apresentação nos municípios dos médicos com registro no Brasil
- De 23/01 a 24/01 - médicos brasileiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis
- De 30/01 a 31/01 - médicos estrangeiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis
*Colaborou Janaína Wille
