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Fábrica em Agudo tem 170 funcionários
A fábrica de calçados da Bottero, em Agudo, iniciou nesta segunda-feira um período de lockdown que vai durar 30 dias. Durante o fechamento, o contrato com os funcionários fica suspenso. A Bottero emprega 170 pessoas no município. A medida, conforme o diretor industrial Luiz André Simon, é uma estratégia da empresa para enfrentar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus:
- Como não temos pedido em carteira nesse período, o comércio estava fechado e não se conseguiu vender conforme o esperado, e por ser início de inverno, usamos esta opção.
Mesmo com a insegurança econômica, a fábrica não chegou a demitir trabalhadores em função da pandemia. Conforme Simon, somente os contratos de experiência foram suspensos como medida de precaução. O diretor ressaltou que a fábrica obedeceu às regras de uso de álcool gel, máscaras e distanciamento entre os funcionários, e que desde abril, quando reabriu, não houve nenhum caso da Covid-19 no local.
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O plano da empresa é retornar no dia 15 de julho e trabalhar com 50% da equipe entre os meses de julho e agosto.
- É claro que tudo pode mudar a cada dia com as novas determinações que o governo está trazendo. A maneira como o governo está agindo, com as indústrias, principalmente, é um pouco radical. A indústria não aguenta ficar fechada e pagar salário dos funcionários. O período mais complicado da pandemia seria agora no inverno. O governo acabou fechando tudo muito cedo - opina o diretor.
A Bottero tem cerca de 2 mil funcionários em cinco fábricas, quatro delas no interior do Estado, incluindo a de Agudo. A maior unidade fica na cidade de Parobé. A empresa exporta produtos para diversos países, sendo os principais Argentina, Chile e Estados Unidos.