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VÍDEO: UFSM começa a fazer testes para a Covid-19

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Foto: Bruno Stefanello Vizzotto, doutorando do Curso de Pós-graduação da Bioquímica Toxicológica e Thaís Y Castro, doutoranda de Ciências Farmacêuticas, na área de extração do RNA do SARS-COV-2 (Divulgação/Husm)/

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) já começou a processar as primeiras amostras de pacientes para realizar o diagnóstico molecular para a Covid-19. Por enquanto, foram analisadas amostras coletadas de pacientes internados no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), até que o processo de validação dos testes com o Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS) esteja concluído.

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De acordo com o chefe do Laboratório de Análises Clínicas da instituição, Elehu Moura de Oliveira, na tarde desta segunda-feira foi feita a coleta de amostras de servidores do hospital, que começarão a ser processadas na manhã de terça.

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- Todos os servidores terão um cronograma, assim como os pacientes. A validação do Lacen deverá sair essa semana, mas estamos aptos a fazer os exames. A partir de amanhã começamos a processar as amostras dos servidores e de alguma demanda externa que possa vir a ser encaminhada - explica.

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A extração do material genético do SARS-CoV-2 é feita pelos técnicos do laboratório do Husm em uma cabine de segurança biológica que fica no Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas do Centro de Ciências da Saúde (CCS). O laboratório do Husm foi responsável pela implementação dos Protocolos Operacionais Padrão (POP) em parceria com a equipe de professores e pesquisadores, pelas normas de biossegurança, e é responsável técnico por cada etapa, desde o recebimento do material, processamento e liberação dos laudos.

As amostras serão processadas em dois momentos: no início da manhã e no início da tarde de cada dia. Após, elas são encaminhadas para no laboratório do Setor de Virologia do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da UFSM, onde os testes RT-PCR são realizados.

A UFSM tem capacidade para processar até 100 testes por dia, mediante critérios médicos e epidemiológicos, a partir da demanda de internações de unidades de saúde e hospitais referenciados da região e, eventualmente, do Estado. Inicialmente, os testes serão realizados em pacientes que estejam internados com a suspeita da doença e profissionais de saúde que atuam no enfrentamento da Covid-19 que apresentem sintomas.

Além da UFSM, a Universidade Franciscana (UFN) também deve começar a fazer o mesmo diagnóstico a partir desta semana, após finalizar o processo de validação junto ao Lacen. Juntas, as duas instituições de ensino e pesquisa da cidade terão a capacidade de realizar cerca de 160 testes por dia.

Teste Molecular

A detecção do material genético do vírus (RNA) é feita através de uma técnica conhecida como RT-PCR, que segue estas etapas: 

  • Coletar o material biológico, geralmente com um cotonete (swab) na nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta);
  • Inativar este vírus e extrair o material genético;
  • Transformar o RNA em DNA;
  • Amplificar regiões específicas do DNA usando pequenos fragmentos de DNA (primers)
  • Detectar o DNA amplificado em um equipamento de PCR em tempo real

Este teste identifica 2 a 3 regiões diferentes do SARS-Cov-2 e por isso é uma técnica muito específica, mas depende do uso de sondas e/ou fragmentos específicos de DNA (primers) adequados, que reconhecem essas regiões do RNA viral

Dada a amplificação feita na etapa 4, o RT-PCR é uma técnica muito sensível, mas a qualidade de extração e conservação das amostras de RNA são importantíssimas para que se obtenha resultados confiáveis

O tempo de execução de todas as etapas desta técnica é em torno de 6h, se realizada de forma manual, ou em torno de 4h, quando automatizada. Porém, para isso são necessários equipamentos sofisticados e de grande porte e só pode ser realizado em laboratórios específicos. Por isso o tempo de entrega destes testes pode ser mais demorado. O número de amostras a ser testado também irá influenciar a rapidez dos resultados, pois é possível que a demanda seja superior a capacidade dos laboratórios em realizar os testes.

Fonte: Comitê Científico gaúcho de apoio ao enfrentamento da pandemia Covid-19 da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

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