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VÍDEO: alunos começam a deixar a Casa do Estudante da UFSM

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Alunos com BSE, conforme a Prae, devem deixar o prédio

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) publicou, na quinta-feira, uma Ordem de Serviço que dispõe sobre a concessão de auxílio transporte para os moradores da Casa do Estudante Universitário (CEU) retornarem para seus municípios de origem. Além disso, os acadêmicos que possuem Benefício Socioeconômico (BSE) foram orientados a deixar o local. Desta forma, muitos começaram a se despedir dos apartamentos e dos colegas e voltar para casa. Outros, preferem ficar.

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É o caso da estudante de Matemática Amanda Timm, 18 anos. No primeiro ano na universidade, ela chegou na UFSM em 27 de fevereiro e ficou na União Universitária até conseguir um apartamento na CEU, há poucos dias. Assim como os colegas, ela foi surpreendida com as notícas da pandemia de coronavírus.

- Nesse período que fiquei na União, tomei os cuidados básicos com a higiene. Já quanto à aglomeração de pessoas, não tem muito o que fazer. Eu queria mesmo é ter aulas. Infelizmente, vou ter que voltar - lamenta.

Ontem, a acadêmica retornou para os braços da família, em Santa Cruz do Sul. De lá, só pretende sair quando o reinício das aulas for confirmado na UFSM.

- Duas disciplinas deixaram tarefas para executarmos pelo Moodle (plataforma online). Vou fazer de casa - diz Amanda.

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Amanda Timm, estudante de Matemática, está no seu primeiro ano na UFSM e teve de retornar para a cidade natal, Santa Cruz do Sul

OS QUE FICAM
Enquanto que alguns vão embora, outros decidem permanecer. A doutoranda em Extensão Rural Luana Fernandes Melo, 25 anos, optou por ficar na CEU para concluir a qualificação da tese de pós-graduação. A família dela mora em Campina Grande, na Paraíba, a quase 4 mil quilômetros de Santa Maria. Ontem, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) suspendeu os prazos para defesas de teses por 60 dias. No entanto, dificuldades financeiras impedem Luana de viajar.

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- Minha mãe está desempregada e tudo indica que, em abril, não iremos receber a bolsa por conta de um problema no momento da renovação. Se eu voltar, fica complicado - preocupa-se Luana, que é formada em Nutrição e Agroecologia.

Se viajasse até Campina Grande, a estudante teria que passar por diversas estações rodoviárias e aeroportos. O contato com tantos locais e pessoas também faz com que ela prefira permanecer no prédio do campus de Camobi.

Sexta pela manhã, Luana foi a um supermercado de Santa Maria e comprou mantimentos para passar de 15 a 20 dias sem sair de casa, a não ser para buscar medicamentos.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Luana Fernandes Melo, doutoranda em Extensão Rural, fez comprar para se manter em casa

PROTEÇÃO
O estudante de Engenharia Aeroespacial Thailer Gonçalves, 30 anos, tem outro motivo para ficar. A família dele mora em Porto Alegre, mas a mãe e o pai fazem parte do grupo de risco. A mãe tem diabetes e o pai trata um câncer. Thailer ainda não se sente seguro para viajar.

- Se passar uns 14 dias e não tiver nenhum caso confirmado em Santa Maria, vou para casa. Se voltar agora, posso representar perigo para aos meus familiares - diz o graduando, que reside há 12 meses na CEU.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Luana Fernandes Melo, doutoranda em Extensão Rural, fez comprar para se manter em casa

ALIMENTAÇÃO
Conforme o pró-reitor de Assuntos Estudantis da UFSM, Clayton Hillig, kits com café da manhã serão distribuídos para os estudantes com BSE. Cada um terá suprimentos para até cinco dias, como leite em pó, bolo e bolachas e outros itens não perecíveis.

Os Restaurantes Universitários (RUs) 1 e 2 funcionarão com até 30% da sua capacidade e servirão almoços e jantares pelo menos até a próxima quinta-feira. Segundo Hillig, a possibilidade de dar marmitas aos alunos, para evitar aglomeração nos RUs está descartada.

VIAGENS
Quem precisar do auxílio financeiro da UFSM para ir para casa deve preencher o formulário disponível junto ao documento da Ordem de Serviço, que pode ser encontrada na página do Facebook e no site da Prae, e enviar pelo email [email protected]

Para viagens dentro do Estado, o recurso liberado para cada estudante é de R$ 250, dentro da Região Sul é de R$ 500 e para outras regiões do Brasil é de R$ 750.

- Estamos também distribuindo material de limpeza para os moradores da CEU intensificarem a higiene dos apartamentos - conclui Hillig.

*Colaborou Rafael Favero

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