saúde

UPA atendeu número de pacientes equivalente a metade da população de Santa Maria

Naiôn Curcino

Foto: Jean Pimentel (Arquivo Diário)
No ano passado, 63% dos atendimentos na UPA foram a pacientes com risco considerado menos grave

Em números absolutos, pode-se dizer que praticamente metade da população de Santa Maria precisou de atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), que fica no Bairro Perpétuo Socorro, no ano passado. Ontem, foi divulgado um balanço geral dos serviços prestados na UPA em 2018. Foram 119,4 mil pacientes que receberam assistência médica na unidade. Em média, esse número representa 9.950 pessoas atendidas por mês ou mais de 300 diariamente.

- É muita gente, mas contamos com uma equipe médica muito qualificada. São seis profissionais por turno que possibilitam que a gente consiga dar vazão a esses atendimentos. E essa média de quase 10 mil está muito próxima da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para uma UPA porte 3 - analisa Gabriel Gausmann, coordenador administrativo da UPA.

Desses quase 120 mil atendimentos, a maioria foi em clínica geral. O suporte médico a crianças vem em segundo lugar, seguido pelo odontológico (veja os números no quadro). Além disso, mais de 8 mil desses casos foram de emergência, ou seja, precisaram de acolhimento em menos de 10 minutos.

Números por tipo de atendimento

  • Atendimento clínico - 96.357 
  • Atendimento pediátrico - 18.491
  • Emergências - 8.145
  • Exames laboratoriais - 88,4 mil
  • Exames radiológicos - 20,9 mil

Prefeitura de Santa Maria oferece atendimento especializado para casos de tuberculose

Porém, esses números também demonstram uma informação que, apesar de ser amplamente divulgada, nem sempre é seguida pela população. As UPAs são para urgência e emergência. Pessoas com quadros menos graves devem procurar as unidades de saúde das suas comunidades. Exemplo disso é que 63% dos atendimentos foram de pacientes com a classificação de risco verde, que é a menos grave. As classificações vermelha e laranja, que são as mais urgentes, somam menos de 8%. Já a amarela, 27%.

Essa classificação também define a prioridade no atendimento. Por isso, muitas vezes, há reclamação de demora.

- Apesar desses números serem grandes, de pacientes com urgência menor, são muito próximos da média nacional. É importante que as pessoas tenham a noção clara de por que, às vezes, há uma demora no atendimento - explica Gausmann.

MESMO SEM UTI
Apesar de não ter esse fim e de não possuir leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a UPA fez 368 atendimentos com essa necessidade, um pouco mais de um por dia. Na média, os pacientes ficam dois dias no local. A maioria é estabilizada ali mesmo, representando 121 casos. Logo depois, aparece o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), para onde 87 pessoas foram encaminhadas. Outras 79 não resistiram e acabaram morrendo. Em seguida, aparecem outras instituições que receberam os pacientes.

- Nós estabilizamos os pacientes dentro das nossas possibilidade para fazer o encaminhamento para UTI de hospitais. E essas pessoas têm uma sobrevida a partir desse atendimento aqui. Os que morrem em menos de 24h depois da entrada viriam a óbito mesmo se tivessem o atendimento em outro local - contextualiza o diretor.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

MP pede sequestro de valores para Estado repassar R$ 700 mil à Casa de Saúde Anterior

MP pede sequestro de valores para Estado repassar R$ 700 mil à Casa de Saúde

Prefeitura de Santa Maria oferece atendimento especializado para casos de tuberculose Próximo

Prefeitura de Santa Maria oferece atendimento especializado para casos de tuberculose

Saúde