data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Neste final de semana, Santa Maria recebe a segunda fase da pesquisa que busca aplicar testes rápidos para detecção do coronavírus. São 25 entrevistadores e 25 participantes de apoio. Cada entrevistador deve aplicar, pelo menos, 20 testes nestes sábado e domingo em 25 áreas da cidade. Os voluntários começaram as aplicações por volta das 8h, e devem seguir trabalhando até o final da tarde. No domingo, eles retornam às localidades escolhidas.
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De acordo com a professora de epidemiologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Marinel Mór Dall'Agnol, o número de voluntários para essa fase da pesquisa superou as expectativas iniciais. São todos estudantes de graduação, mestrado, doutorado, residência ou especialização de cursos da saúde, além de professores.
O objetivo inicial é aplicar um teste por residência. No entanto, se o morador apresentar resultado positivo, os outros residentes da casa também serão testados. Por isso, a expectativa inicial é que 500 testes sejam aplicados durante o final de semana, mas esse número pode aumentar dependendo dos resultados.
- É uma pesquisa mais para pegar a população assintomática, para não haver tanta disseminação da doença. Nós realizamos um sorteio na residência, e só um morador faz o teste. Hoje, a gente vai pegar das casas que a gente fez há 15 dias, as 10 casas para frente. E, daqui a 15 dias, seguiremos dessa mesma forma - explica Fabiane Obetine, uma das voluntárias entrevistadoras.
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A PESQUISA
O estudo, encomendado pelo governo do Estado, é coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e conta com o apoio da UFSM. Ela é dividida em quatro etapas realizadas, além de Santa Maria, também nas cidades de Pelotas, Porto Alegre, Canoas, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Ijuí, Passo Fundo e Caxias do Sul. As próximas fases estão programadas para 9 a 11 de maio e 23 a 25 de maio.
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Na primeira etapa, foram testados 4,1 mil gaúchos e dois atestaram positivo para a doença. A partir dos dados coletados, o resultados apontaram que o número de pessoas que já contraíram o vírus é sete vezes maior do que o número de casos notificados, ou seja, pelo menos 5.650 casos.
COMO É FEITA A PESQUISA
Em cada cidade, são sorteados aleatoriamente os domicílios que entram no estudo. Em cada casa, um novo sorteio determina o morador que irá realizar o teste rápido - são casas e moradores diferentes da primeira fase da pesquisa. As pessoas são convidadas a responderem um questionário e realizarem o teste rápido com uma gota de sangue da ponta do dedo.
A análise do exame leva em torno de 15 minutos e o teste detecta a presença de anticorpos - defesas produzidas pelo organismo somente depois de sete a dez dias da data de contágio pelo vírus. Dentro desse período, o resultado pode apontar negativo, mesmo que a pessoa tenha contraído o coronavírus. Caso o resultado seja positivo, os participantes recebem um informativo com orientações e, em seguida, são contatados para acompanhamento e suporte da secretaria de saúde local.
Todos os entrevistadores estarão devidamente identificados e vestidos com equipamentos de proteção individual. Em caso de dúvida, a população pode ligar para o telefone da Brigada Militar ou da Guarda Municipal, pois os órgãos estarão a par dos locais de atuação da pesquisa.