Foto: Pedro Piegas (Diário)
Na manhã de hoje, a prefeitura de Santa Maria fará a entrega de duas novas ambulâncias de suporte básico ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para renovar a frota da cidade. Atualmente, o Samu possui quatro veículos (dois de suporte básico e dois de suporte avançado), e os novos virão para substituir outras duas ambulâncias que estão desgastadas. A solenidade ocorre a partir das 9h, na Praça Saldanha Marinho, em frente ao Theatro Treze de Maio.
A novidade também reacende o debate sobre a implementação de uma Central Telefônica de Regulação do Samu na cidade. Em janeiro deste ano, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) se reuniu com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, para discutir o assunto. A proposta inicial previa o investimento de R$ 150 mil a R$ 230 mil mensais para manter a central com uma equipe para o plantão 24 horas, mas o projeto não avançou.
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No entanto, em 21 de agosto, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) publicou uma resolução que prevê a criação do Projeto de Regulação Compartilhada através de Centrais Acessórias de Regulação Remota em municípios com base do Samu no Rio Grande do Sul, o que viabilizaria a implementação da central no município. Conforme a resolução do governo do Estado, a participação dos municípios ocorrerá mediante a adesão voluntária, por meio de assinatura do Termo de Adesão.
Das cidades gaúchas aptas a participarem do projeto apresentado pelo Estado, Santa Maria é a que mais está adiantada no processo e, segundo a prefeitura, deve ser o primeiro município a contar com uma central local. De acordo com o Executivo, a previsão é que, nos próximos dias, seja assinado um contrato aditivo com o Instituto Masper, que administra o Samu em Santa Maria, no valor de R$ R$ 52.792,31, totalizando o repasse mensal de R$ 337.792,31 para manter o serviço.
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Esse valor será bancado exclusivamente com recursos da prefeitura, sem contrapartida estadual.
- É um projeto pioneiro, e não tenho a menor dúvida de que vai ser extremamente bom para toda a cidade. O tempo de resposta, evidentemente, vai ser muito mais rápido. É um grande compromisso meu e sei da importância que temos e da nossa responsabilidade - aponta Jorge Pozzobom.
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A proposta de adesão ao programa será enviada para análise da Comissão Intergestores Bipartite do Estado, que avaliará os detalhes técnicos e o plano de trabalho. A expectativa é que ela seja apreciada até o final de setembro. Somente após essa etapa é que o município deve aderir ao projeto da SES e fazer a assinatura do documento. Em função disso, ainda não é possível prever prazos para a abertura, de fato, da central telefônica de regulação no município.
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PLANTÃO
A central de regulação em Santa Maria funcionará junto à base do Samu (na Avenida Maurício Sirotsky Sobrinho, no Bairro Patronato) e deve contar com médicos reguladores que atuarão remotamente por meio de sistema já existente vinculado à Central Estadual de Regulação das Urgências do Samu, em Porto Alegre.
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Conforme o secretário municipal de Saúde, Francisco Harrisson, inicialmente, a central deverá atuar no regime de plantão de 12 horas. No restante do tempo, seguirá como é atualmente, com as chamadas ao Samu via telefone sendo recebidas pela central em Porto Alegre, que acionará as ambulâncias em Santa Maria para o atendimento.
- É uma central remota, mas teremos, aqui, um médico fazendo essa regulação que hoje é feita na Capital. No início, faremos esses testes em regime parcial, de 12 horas, para depois passar a ter uma central 24 horas. Isso deve diminuir mais da metade do tempo de demora para atender o telefone na regulação - explica Harrisson.
ANTIGA REINVIDICAÇÃO
Novembro de 2018
- Falta de uma central do Samu em Santa Maria é alvo de reclamações da comunidade
- Naquele mês, reportagem mostrou que o serviço teria levado 40 minutos para atender a um chamado para socorrer uma vítima de assalto, que acabou morrendo. Já o Samu alegou que a ambulância levou sete minutos para chegar ao local da ocorrência
Janeiro de 2019
- Prefeitura anuncia que irá apresentar projeto ao governo do Estado para implantar a central telefônica do Samu no município
- Para manter o serviço, custo seria de R$ 150 mil
- O projeto é o que está para ser apresentado agora