data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Anselmo Cunha (Diário)
Pelo menos quatro lotes da CoronaVac que chegaram a Santa Maria a partir de 19 de março não renderam o número esperado de doses, o que causa uma diferença entre o número de doses recebidas e aplicadas no município, conforme o secretário de Saúde Guilherme Ribas. A perda de doses, nesses casos, fica em torno de 10% a 15%. Ao todo, nestes quatro lotes, Santa Maria recebeu 34.150 vacinas. No momento da aplicação, entretanto, foi constatado um rendimento de cerca de 3,7 mil doses a menos do que o previsto.
Idosos com 63 anos ou mais são vacinados nesta sexta-feira em Santa Maria
- Foram quatro lotes que vieram com essa diferença. Quando se nota a diferença? Apenas quando as equipes técnicas começam a aspirar (passar a dose do frasco para a seringa) - explica Ribas.
A dose aplicada é de 0,5 mL, e cada frasco deveria render 10 doses. Entretanto, nesse lotes, na prática, cada frasco rende de oito a nove. Conforme Ribas, o problema já foi notificado para a Secretaria Estadual de Saúde (SES). De acordo com o secretário, essas doses devem ser repostas.
No dia 1º de abril, por exemplo, ocorreu a imunização de idosos acima de 65 anos. Foram disponibilizadas, inicialmente, 6,7 mil doses nos pontos de vacinação - o maior quantitativo até então. Entretanto, ao fim da manhã, apenas 6.074 idosos foram vacinados e não houve sobra de doses. O rendimento foi de cerca de 600 doses a menos que o esperado. À época, questionada pela reportagem, a SES confirmou o problema, que não é restrito a Santa Maria e já foi observado em outros municípios. "É um problema com a calibragem que precisa ser observado por quem faz o envasamento. O Ministério aciona e auxilia na correção", informou a SES. As vacinas CoronaVac são produzidas e envasadas no Instituto Butantan, em São Paulo.
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- Tenho 100% de confiança nos servidores, nos voluntários, nos profissionais de saúde. Não gosto quando começam a colocar dúvidas nessa situação. Já notificamos, e daqui a alguns dias vão nos informar se os lotes que vieram para a região estavam ou não rendendo - salienta Ribas.
O problema não foi registrado na vacinação desta sexta-feira, já que as vacinas aplicadas são da Oxford/AstraZeneca, produzidas na Fiocruz, no Rio de Janeiro.