Pesquisa sobre Covid-19 aponta que casos aumentaram, mas subnotificação diminuiu no RS

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Foi divulgado, nesta quinta-feira, o resultado da sétima rodada da pesquisa EpiCovidRS, que investiga a real incidência do coronavírus no Rio Grande do Sul. No último fim de semana, 4,5 mil testes rápidos e questionários foram aplicados em Santa Maria e outras oito cidades gaúchas. 

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De acordo com os dados apresentados pelo governo e pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), o número de infectados cresceu no Estado e atinge um a cada 82 habitantes. Por outro lado, o número de casos subnotificados (que não são contabilizados pelos dados oficiais do governo) diminuiu - para cada um caso notificado, há 1,4 não informado. Na primeira rodada da pesquisa, que aconteceu em abril, esse número era oito vezes maior. 

Com isso, a estimativa é que o Rio Grande do Sul tenha cerca de 1,22% da população com anticorpos para a Covid-19 (de 0,92% a 1,59%, pela margem de erro), o que corresponde a um total de 139.055 habitantes (que pode variar de 104.902 a 180.665) que têm ou já tiveram o vírus na população gaúcha. 

• 4.500 testes
• 55 testes positivos
• 1,22% da população com anticorpos
• 1 infectado a cada 82 habitantes
• 139.055 pessoas com anticorpos no RS

Nesta rodada, 55 pessoas testaram positivo para o coronavírus: 12 em Canoas, 11 em Porto Alegre, oito em Pelotas, seis em Passo Fundo e Caxias do Sul, quatro em Santa Maria e Ijuí,  e dois em Santa Cruz do Sul e Uruguaiana. Na etapa anterior, foram 43 resultados positivos. Esses resultados confirmam a predominância de casos na Região Metropolitana e a crescente aceleração da curva de contágio e do número de internações em Pelotas.

Quando um dos entrevistados testa positivo, os demais moradores da residência também são testados. Nesta etapa, um terço das pessoas (33%) que moram com alguém infectado contraíram o vírus. 

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DISTANCIAMENTO SOCIAL
A pesquisa também aplica questionários sobre a rotina dos entrevistados. Com os resultados, é possível estabelecer a porcentagem da população que mantém o distanciamento social, indicado para evitar a transmissão do coronavírus.

O número de pessoas que sai às ruas somente para atividades tem se mantido na casa dos 54% desde a fase quatro da pesquisa (final de maio). Em comparação com a etapa anterior, a quantidade de pessoas que afirmam estar sempre em casa aumentou levemente, passou de 12,6% no final de julho para 12,8%. O número de pessoas que sai diariamente caiu de 33,3% para 32,6% agora. 

Entretanto, referente aos dados só de Santa Maria, a porcentagem da população que sai diariamente de casa aumentou e atingiu o maior número desde o começo da pesquisa, em abril: 35,8%. Na rodada anterior, era cerca de 32,4%. 

Diminuiu o número de quem sai só para atividades essenciais: passou de 54,2% na sexta rodada para 51% agora. Houve uma leve queda na porcentagem de quem diz ficar em casa o tempo todo: de 13,4% para 13,2%. 

A PESQUISA
O estudo é coordenado pelo governo do Rio Grande do Sul e pela UFPel, e conta com o apoio de 12 universidades federais e privadas: Imed Passo Fundo, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade de Passo Fundo (UPF), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade La Salle (Unilasalle-Canoas) e Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí).

Os investimentos somam R$ 2,1 milhões, com apoio da Unimed Porto Alegre, do Instituto Cultural Floresta, também da capital gaúcha, do Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro, e do Banrisul.

A oitava rodada deve ser realizada em setembro.