A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgaram dados sobre a cobertura de imunização na terça-feira (15). Segundo levantamento, 89% dos bebês no mundo – cerca de 115 milhões – receberam pelo menos uma dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) em 2024,e 85% – aproximadamente 109 milhões – completaram todas as três doses. Ainda assim, quase 20 milhões de crianças não tomaram alguma das doses necessárias da vacina DTP no ano passado.
Isso inclui 14,3 milhões de crianças “zero-dose”, que nunca receberam nenhuma dose de qualquer vacina – 4 milhões a mais do que a meta de 2024 necessária para manter o ritmo com os objetivos da Agenda de Imunização 2030, e 1,4 milhão a mais do que em 2019, o ano base para medir o progresso.
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O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus analisou os dados divulgados:
– Vacinas salvam vidas, permitindo que indivíduos, famílias, comunidades, economias e nações prosperem. É encorajador ver um aumento contínuo no número de crianças vacinadas, embora ainda tenhamos muito trabalho pela frente. Cortes drásticos na ajuda humanitária, aliados à desinformação sobre a segurança das vacinas, ameaçam décadas de progresso.
As crianças frequentemente permanecem não vacinadas ou com o esquema de vacinação incompleto devido a uma combinação de fatores, como acesso limitado a serviços de imunização, interrupções na oferta, conflitos e instabilidade, ou desinformação sobre vacinas.
No Brasil, em 2024, 2,3 milhões de crianças haviam recebido a primeira dose da DPT, por meio da “pentavalente”, que também protege contra hepatite B e a Influenza tipo B. Entretanto, no mesmo ano, 229 mil crianças não haviam recebido nenhuma dose dessa vacina no país.
– A OMS continuará comprometida em trabalhar com nossos parceiros para apoiar os países a desenvolverem soluções locais e aumentar os investimentos nacionais para alcançar todas as crianças com a capacidade de salvar vidas que as vacinas têm – afirmou Ghebreyesus.