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Governo do Estado anuncia abertura de 183 leitos de UTI Covid para os próximos dias

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Foto: Maicon Hinrichsen (Secom SES/Arquivo)/

Em vídeo publicado na manhã desta sexta-feira nas redes sociais e no site do governo do Estado, o governador Eduardo Leite compara o enfrentamento à Covid-19 no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo a uma verdadeira guerra, que exige mobilização constante de todos. Atualmente, o Brasil tem a maior média de mortes diárias no mundo, e a circulação em território nacional de uma variante agressiva do coronavírus.

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- Nossos esforços são permanentes no combate ao vírus. Estamos ampliando a capacidade de atendimento intensivo para os pacientes mais graves, que não param de chegar aos nossos hospitais. Nossa missão é salvar vidas, com mais leitos, mais vacinas e com medidas de restrição de circulação - destacou o governador.

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Nesta quinta-feira, a Secretaria da Saúde (SES) anunciou a compra e a locação de equipamentos que serão enviados a hospitais e pronto atendimentos de diversos municípios gaúchos, garantindo a abertura, nos próximos dias, de mais 183 leitos de UTI adulto SUS para atender pacientes Covid no Estado. Com a compra e locação de equipamentos que serão enviados a hospitais e pronto atendimentos de diversos municípios gaúchos, os novos leitos devem ser abertos nos próximos 15 dias.

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Além da locação e aquisição com recursos do Estado, a SES irá contar com 10 respiradores doados pela empresa JBS e mais 50 anunciados pelo Ministério da Saúde na quinta-feira. Entre os municípios que irão abrir leitos estão Santo Antônio da Patrulha, Palmeira das Missões, Esteio, Alvorada e Cachoeirinha.

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De acordo com o governo do Estado, o SUS já teve a sua capacidade de leitos intensivos ampliada em 137% desde o início da pandemia - eram 933 leitos e agora são 2.214. Em dezembro do ano passado, o Rio Grande do Sul tinha expandido a rede de UTI SUS em quase mil leitos, passando a contar com 1.918 leitos. Nos três meses seguintes, até esta quinta-feira, foram abertos mais 296 leitos: 20 em janeiro; 131 em fevereiro; e 145 até esta quinta.

O pedido de habilitação dos novos leitos será encaminhado pela SES ao Ministério da Saúde, responsável por conceder e renovar habilitações e pagar as diárias de UTI aos hospitais.

- Fizemos mais do que o SUS conseguiu fazer em 30 anos aqui no Estado, graças a um trabalho extraordinário e incansável da Secretaria da Saúde. É muito leito de UTI, mas temos um limite material e humano. Não há profissionais de saúde em número suficiente para um crescimento sem fim, e os profissionais de saúde, cada vez mais raros, estão absolutamente exaustos -  ponderou Leite.

RESPIRADORES

Em outra frente, a SES, em parceria com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), implementou um instrumento para intensificar o empréstimo de respiradores, monitores e até de camas entre as instituições de saúde do Estado. Dirigentes de hospitais devem preencher o formulário e indicar se têm algum tipo de equipamento disponível. De posse dos dados fornecidos, SES e Cosems estão compartilhando as informações e agilizando as trocas.

- Possivelmente ainda há, em alguns hospitais que não têm UTI, equipamentos sem uso que possam ser emprestados a hospitais com UTI, como fez o hospital de Júlio de Castilhos, que cedeu um respirador para Faxinal de Soturno - diz a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

A SES, em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), criou uma ferramenta para intensificar o empréstimo de respiradores, monitores e até camas entre os hospitais do Estado. 

Na quinta-feira, o governo do Estado anunciou que todos os respiradores armazenados em hospitais e unidades de saúde que estejam sem uso, seja por falta de equipe capacitada ou questões estruturais, devem ser incorporados à rede do SUS, e que os agentes públicos poderão adotar os procedimentos necessários para o cumprimento das medidas.

RESTRIÇÕES

Leite lembrou que as medidas rigorosas de restrição de circulação de pessoas, adotadas em fevereiro, ainda devem levar um tempo para produzir efeitos.

- Elas só vão produzir efeitos se a população entender a gravidade e seguir as regras. Precisamos de bom senso, responsabilidade e solidariedade nesta guerra. Estamos fazendo absolutamente tudo para melhorar a capacidade do sistema no atendimento à atual demanda da Covid-19 no Rio Grande do Sul- reforçou.

As medidas mais duras - suspensão da cogestão regional e aplicação de protocolos de bandeira preta em todo o Estado - seguem vigentes pelo menos até o dia 21 de março. Já a suspensão geral de atividades entre 20h e 5h deve durar até 31 de março.

* Com informações do governo do Estado

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