Família cria vaquinha virtual para criar, em casa, ambiente adequado à saúde do filho

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo Pessoal
O pequeno Theó, de doi meses e meio está internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde precisou fazer uma traqueostomia de urgência para poder respirar

Daniela Oliveira Rodrigues, 32 anos, e Fábio Nunes Rodrigues, 35, aguardavam o pequeno Théo com ansiedade, após planejarem aumentar a família aos 12 anos de casamento. Depois da gestação tranquila, o pequeno nasceu e logo foi constatado que ele tinha um problema na laringe e nasceu com catarata nos dois olhos. Quando o bebê completou dois meses, a família foi para Porto Alegre, onde ele passou por uma traqueostomia. Agora, o casal precisa ampliar a casa onde mora para poder cuidar do filho que vai precisar de um ambiente amplo e higienizado para cuidar do procedimento que deve durar dois ou três anos, até ser possível a reconstrução da laringe. Sem condições de bancar a obra e a compra dos móveis, eles criaram uma vaquinha virtual para obter ajuda nessa empreitada de esperança e amor.

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Para ajudar, basta acessar o link, escolher a forma de pagamento (cartão de crédito, PIX, entre outros) e destinar a ajudar de qualquer valor. Desde segunda, até a tarde desta quinta-feira, duas pessoas já haviam colaborado, somando R$ 50 para a previsão de R$ 3 mil.

O QUE PRECISA
Daniela conta que precisa em torno de R$ 3 mil para fazer e mobiliar o quarto de Théo. Segundo a artesã é necessário ter mais espaço para os cuidados com o bebê:

- Precisa ser tudo muito limpo, em função da traqueostomia. O quarto precisa ser todo forrado, bem fechado. Ele precisa utilizar um aspirador nasal, pois vai se alimentar por sonda e precisa aspirar.

O casal ainda aguarda a resposta da prefeitura de Santa Maria para a liberação do aspirador nasal. Os produtos hospitalares, sondas, equipamentos, latas de leite serão entregues pela secretaria de Saúde do município.

- Já conseguimos o dinheiro para comprar o óculos que ele vai precisar usar após a cirurgia da catarata e temos uma reserva para a compra de medicamentos que venham a ser necessários - afirma.

ENTENDA O CASO

A mãe conta que na gravidez ocorreu tudo bem, apesar de ter uma diabetes gestacional. Nos exames de ultrassom, não foi possível perceber os problemas que Théo apresentou depois de nascer. Segundo ela, ao amamentar pela primeira vez, percebeu uma mancha branca nos olhos, e o choro pequeno se parecia com um  ronco. Então, no segundo dia de vida, foi feito um exame e constatou-se uma membrana na laringe e catarata. O caso foi encaminhado de Santa Maria para o Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

- Tinham nos passado que era só cortar a membrana no meio e ele melhorava, mas chegamos aqui em Porto Alegre e tinha cartilagem por trás da membrana, por isso foi preciso a traqueostomia. Para mim foi um choque porque o Théo nunca ficou roxinho, não faltou ar, sempre com saturação 100%. A médica disse que ele era uma bomba relógio e poderia parar a qualquer momento. Foi um choque para mim, que tenho síndrome do pânico. Agora estou tomando a medicação e estamos lutando para conseguir as coisinhas para ele, para que ele volte a enxergar.

A cirurgia para a retirada da catarata dos olhos será realizada no dia 7 de junho em Porto Alegre.

Os problemas de Théo

• Membranas laríngeas congênitas - são malformações laríngeas raras em que se observa presença de tecido anormal entre duas estruturas da laringe. O diagnóstico é usualmente realizado logo nas primeiras horas de vida, quando o bebê apresenta choro rouco, associado ou não a estridor laríngeo e dispnéia.
• Catarata - O termo é dado para qualquer tipo de perda de transparência do cristalino do olho, lente situada atrás da íris, seja ela congênita ou adquirida.