A corrida pela principal busca da ciência atualmente - a vacina da Covid-19 - tem dois coadjuvantes essenciais: seringas e agulhas. Sem os insumos, não há como aplicar qualquer plano de vacinação. O Ministério da Saúde segue sem datas para pôr o planejamento em prática e, recentemente, não teve sucesso na compra de seringas e agulhas que seriam utilizadas na imunização.
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As compras foram suspensas sob o argumento de que estados e municípios dispõem de quantidades suficientes para a primeira fase do plano. O Rio Grande do Sul prepara a logística com recursos próprios, já o município de Santa Maria aguarda definições do governo federal para elaborar como serão ofertadas as doses e se deverão ser comprados mais insumos.
- Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 6, 2021
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O anúncio da suspensão das compras por parte do país foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em sua conta no Twitter nesta quarta-feira. Segundo ele, os preços dos produtos aumentaram depois que o Ministério da Saúde demonstrou interesse em comprá-los. Das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de comprar, só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões no pregão eletrônico. O número corresponde a cerca de 2,4% do total.
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Já o Grupo Técnico de Vacinação para a Covid-19 de Santa Maria aguarda definições do governo federal para organizar quais serão as prioridades locais. Conforme a secretaria de saúde, depois do novo posicionamento de suspensão das compras a nível nacional, o município ainda não definiu o que deve ser feito. O entendimento da secretaria de Saúde é que não há como fazer previsões mais concretas por haver poucas informações sobre o começo da vacinação.
O que a prefeitura já definiu é que a vacinação será aos moldes da campanha de imunização contra a gripe. Ela vai ser realizada de forma descentralizada, com a aplicação das doses ocorrendo em espaços públicos, como praças, shoppings, pelo sistema drive-thru, além dos postos de saúde. Se forem consideradas as duas primeiras fases de vacinação, a cidade precisaria de 55 mil doses (para a primeira aplicação) e, portanto, 55 mil seringas. Levando em conta também a segunda aplicação, são necessárias 110 mil doses, e ao menos o mesmo número de seringas.
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Rio Grande do Sul já tem 4,2 milhões de unidades de seringas em estoque para a vacinação contra a Covid-19. Além dessas, já tramita a ata do processo de compra de mais 10 milhões de unidades. Entretanto, a pasta não tem definição sobre distribuição dos insumos.
*Colaborou Leonardo Catto