Foto: Tássia Reis/MS
O Ministério da Saúde participou da missão oficial do vice-presidente Geraldo Alckmin para ampliar a cooperação com o México. Os encontros ocorreram na quarta (27) e quinta-feira (28). Entre os acordos firmados entre os dois países na área da saúde, estão o memorando entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comisión Federal para la Protección contra Riesgos Sanitarios (Cofepris) para acelerar análises regulatórias e a parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o governo mexicano para o desenvolvimento de tecnologias em RNA mensageiro e produção de vacinas.
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Durante a missão, Alckmin afirmou que “unir a excelência científica do Brasil com a capacidade do México em uma tecnologia de ponta como o mRNA significa mais saúde e autonomia para as duas maiores democracias e economia da América Latina".
Na ocasião, também foi discutida a criação de um comitê bilateral de saúde, que reunirá a Secretaria de Saúde do México e o Ministério da Saúde do Brasil para acompanhar novas parcerias, além de identificar oportunidades de investimento e pesquisa entre os dois países.
– Estamos ampliando os laços com o México e criando condições para avançarmos juntos em pesquisa, inovação, regulação e produção de medicamentos. Também reforçamos o convite ao México para integrar a Coalizão para Produção Local e Regional, iniciativa liderada pelo Brasil e lançada em Genebra, durante a Assembleia Mundial da Saúde – reforçou a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Fernanda De Negri.
Desenvolvimento nacional
Com o fortalecimento da parceria entre Brasil e México, o comércio bilateral, que somou US$ 13,6 bilhões em 2024, abre espaço para ampliar cadeias produtivas estratégicas de vacinas, medicamentos e insumos. Segundo o Ministério da Saúde, "a cooperação em inovação, regulação sanitária e biotecnologia reforça o compromisso dos dois países em desenvolver soluções conjuntas e reduzir dependências externas, consolidando a saúde como eixo de desenvolvimento sustentável".
Um pouco disso será visto na questão do RNA mensageiro (RNAm) em solo nacional. Recentemente, a Fiocruz desenvolveu a primeira plataforma do tipo para vacinas e terapias, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Com a plataforma inteiramente nacional, o país passa a contar com uma base tecnológica capaz de desenvolver novos produtos de forma ágil e com menor custo.
Para cada doença, basta inserir a “informação genética” que será usada para induzir a resposta imunológica, sem a necessidade de reiniciar o processo desde o início. A tecnologia foi depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).