Foto: Charles Guerra (Arquivo Diário)
Esta semana, a repórter Dandara Flores Aranguiz se empenhou para buscar informações sobre a projeção de novos serviços do Hospital Regional, que completa sete meses de funcionamento neste sábado. Apesar de procurar diferentes órgãos, pouco conseguiu avançar sobre o funcionamento do complexo de saúde, que desde julho de 2018 está aberto com apenas um ambulatório. É preocupante que, neste momento, pareça haver pouca mobilização para pressionar os governos do Estado e federal a oferecer mais serviços, já que, embora o bom atendimento, só um ambulatório é pouco para os custos de manutenção de uma estrutura como é a do Regional. Além disso, em crise, o Piratini joga a responsabilidade para o Ministério da Saúde sobre ampliar o atendimento.
Mas o que chamou mais a atenção foi a dificuldade para acessar o hospital. Por duas vezes nesta semana, a equipe do Diário foi barrada de entrar no complexo construído integralmente com recursos públicos. Inadmissível! E depois: negar o acesso da imprensa é negar o direito ao cidadão de receber informação sobre serviços que podem beneficiá-lo. Não pode haver blindagem quando se trata de um hospital público.
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A reportagem do Diário procurou a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, já que o número dois da pasta, o ex-secretário da Saúde no governo Sartori (MDB) João Gabbardo, informou que só o ministro estava autorizado a dar informações nos primeiros três meses de governo. Então, a repórter explicou que estava contatando por orientação do atual secretário-executivo, quando a assessora se surpreendeu e devolveu com uma pergunta: "Mas quem é esse Gabbardo que tu falas"?
Ele é simplesmente o número dois do ministério. Quanta desinformação! E isso que o setor com o qual a repórter contatou era o de Comunicação. "Quem não se comunica, se trumbica" já dizia Chacrinha, o Velho Guerreiro.