Jogada de risco

Roleta foi usada cerca de 20 dias em Santa Maria durante evento oficial

Marilice Daronco

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Durante cerca de 20 dias, uma roleta foi usada para fazer apostas, o que é proibido por caracterizar um jogo de azar (veja quadro abaixo), considerado uma contravenção penal. O mais curioso é que a atividade fazia parte da programação da Festa Junina da Praça Saldanha Marinho e chegou a ser anunciada entre as atrações do evento, inclusive, no site oficial da prefeitura. O jogo foi retirado do local na sexta-feira.

Nesta quinta-feira, o Diário recebeu um telefone de um leitor alertando sobre a realização do jogo de azar. Quando a equipe foi ao local, viu dezenas de pessoas, que disputavam espaço na tenda onde o jogo era praticado, apostando notas de R$ 2, R$ 5 e R$ 10. Havia quem perdesse todo o valor apostado e quem saísse ganhando certa quantia em dinheiro.

A roleta foi construída em um tabuleiro de madeira, dentro de um grande retângulo, com 16 divisões, representando times de futebol. Grêmio e Inter tomavam conta da maior parte do espaço. E o apostador precisava escolher onde achava que iria parar a haste de metal da roleta.

Sem se identificarem, os dois homens que controlavam as apostas informaram que tinham autorização da prefeitura para ficar na praça mais uma semana.

Eles participam de vários eventos há três ou quatro anos, são brincadeiras, como acontece em qualquer outra quermesse. Mas já fizemos a retirada da roleta afirmou Ogier Rosado, um dos integrantes da comissão organizadora do evento.

Pelos relatos à equipe do Diário, o mesmo jogo já foi visto em eventos como a Romaria da Medianeira.

Não tínhamos conhecimento desse tipo de prática na cidade afirma o delegado Sandro Meinerz.

 

Mais informações na edição impressa do Diário deste fim de semana.

Jogos de azar

São jogos em que o que conta não é a habilidade ou conhecimento do jogador. A aposta no jogo depende somente do fator sorte. Os jogos desse tipo, como o jogo do bicho, são considerados contravenções penais, um crime de menor potencial ofensivo. Tanto o explorador como o jogador podem ser enquadrados pela Justiça como contraventores, com penas que chegam a um ano de prisão.

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