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Réu acusado de atropelar PM vai responder pelo crime em liberdade

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A 3ª Câmara Criminal julgou e deferiu o pedido de habeas corpus de Dilamar Vieira Borges, 26 anos. Ele é acusado de atropelar o policial militar Luis Henrique dos Santos Borba de 34 anos, e vai responder em liberdade. O crime aconteceu em 25 de agosto de 2019, e Borges estava na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

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O pedido de habeas corpus foi solicitado pelo advogado do acusado, Wedner Custódio Lima, em fevereiro deste ano. O pedido foi deferido na tarde de quarta-feira e ele foi solto à noite. Para o advogado, não havia a necessidade do cliente permanecer preso. 

- O fator fundamental foi justamente o fato da primariedade do acusado, que se quer tem passagem pela direção da escola - disse Lima.

A advogada Lilian Borba trabalha como assistente de acusação e defende os interesses do policial. Ela destacou que o acusado pode até não ter antecedentes, mas que já apresentava um comportamento agressivo dias antes do atropelamento. Segundo ela, Dilamar teria sido flagrado atirando uma garrafa de vidro em um ônibus que levava trabalhadores para uma empresa por volta das 6h da manhã. Ela lamentou a decisão do judiciário. 

- Foi uma decisão errada. Ele não é uma pessoa que preencha os requisitos para responder em liberdade. Não tem garantia nenhuma que ele vai voltar para responder ou sequer para cumprir a pena. Não vejo ele voltando para responder o processo - disse a advogada.

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Outra questão levantada pela advogada, são as lesões que o policial sofreu. Segundo ela, o PM caminha com dificuldade e vai precisar de cuidados pro resto da vida. 

- Ele sofreu lesões sérias. São lesões permanente.Os danos são irreversíveis. Ele faz fisioterapia todos os dias, tem dores, tome medicamentos. Ele nunca vai poder correr com o filho. Tem os movimentos limitados - finaliza a advogada.

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O CASO
Dilamar Vieira Borges, 26 anos, atropelou o policial militar depois de ter furado uma blitz da Operação Balada Segura, na Rua Tamanday, por volta das 22h30min do dia 25 de agosto de 2019. Durante a tentativa de fuga, o motorista também colidiu com outro carro. Segundo a polícia, o jovem, que dirigia um Corsa, não obedeceu quando um dos agentes da Coordenadoria de Trânsito e Mobilidade Urbana (CTMU) pediu que ele parasse.


Ao seguir com o veículo, ele atropelou um policial, que ficou preso sobre o capô do carro por cerca de 200 metros até que o Corsa parou depois de bater em outro carro. Com a colisão, o policial militar caiu embaixo do carro.    

Conforme a polícia, o jovem apresentava sinais de embriaguez, e no carro dele foram encontradas garrafas de bebidas. No veículo, havia também um caroneiro que não se feriu. 

O motorista foi denunciado pelo Ministério Público por cinco crimes: tentativa de homicídio duplamente qualificada (por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por ser contra policial, o que torna o crime hediondo), embriaguez ao volante, resistência à prisão e dois crimes de desobediência (por não ter parado na blitz e, depois, durante o atropelamento, porque não seguiu a ordem do PM). 

Imagens de câmeras de segurança, cedidas ao Diário pela polícia, mostram um Corsa arrastando o policial sobre o capô. O vídeo mostra que o PM ficou preso entre os dois carros, e policiais e populares empurraram o Corsa para ajudar a vítima. 

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