data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Polícia Civil (divulgação)
Outros quatro acusados foram presos em setembro
Foi preso preventivamente na tarde desta sexta-feira mais um taxista acusado de espancar um motorista de Uber em Caçapava do Sul. Mateus Lopes, 29 anos, era assessor do vereador e taxista Alex Vargas Nunes.
Além de Lopes, outros quatro homens já haviam sido presos, também de forma preventiva, e estão no Presídio Estadual de Caçapava do Sul: o vereador Nunes, o filho do vereador Alesson Dias Nunes, o presidente da Associação dos Taxistas da cidade Irivelto de Jesus Machado Moreira e o taxista Felipe dos Santos Moreira.
De acordo com o delegado Laurence Teixeira, o cumprimento do mandado foi feito pela Polícia Civil, mas o pedido da prisão foi feito pelo Ministério Público. Ao total, são 12 acusados que se tornaram réus no processo que corre em segredo de justiça.
Lopes era assessor de Nunes, e quando o vereador foi preso ele continuou no cargo, sendo assessor do vereador suplente. Entretanto, após a prisão nesta tarde, a Câmara de Vereadores pediu a exoneração do assessor. A portaria deve ser publicada na segunda-feira.
SOBRE O CASO
Um motorista de aplicativo foi agredido por taxistas na noite do dia 11 de setembro em Caçapava do Sul. O caso aconteceu por volta das 20h15min, quando o motorista pegava um passageiro na rodoviária no centro da cidade.
Desde que a Uber chegou à cidade, há poucos meses, foram registradas pelo menos cinco ocorrências de ameaças a motoristas de aplicativos.
O motorista contou aos policiais que estava na estação rodoviária quando foi abordado por oito pessoas. Os agressores obrigaram o passageiro a descer do veículo e, depois, imobilizaram o motorista e começaram a agredi-lo até desmaiar. O passageiro tentou intervir, mas também foi ameaçado. O carona não se feriu.
- Um deles me deu uma gravata, outro me agarrou pelo braço para me puxar. Pelo lado do carona, um outro me chutou. Eu caí para fora do carro, e eles começaram a me chutar. Eles me falaram " isso foi só uma amostra do que vamos fazer contigo se tu não parar com o aplicativo da Uber aqui em Caçapava". Chegaram a me ameaçar de morte - relatou o homem, que teve a identidade preservada pelo Diário.