Julgamento de pastor acusado de homicídio de jovem grávida e ocultação de cadáver será realizado nesta sexta-feira; relembre o caso

Julgamento de pastor acusado de homicídio de jovem grávida e ocultação de cadáver será realizado nesta sexta-feira; relembre o caso

Foto:Gabriel Haesbaert

Família aguarda respostas desde o desaparecimento de Taísa

O julgamento do pastor Carlos Rudinei de Oliveira da Silva, 50 anos, acusado de matar Taísa Macedo Paulaserá realizado nesta sexta-feira (26), às 13h, em Santa Maria. A vítima, que tinha 26 anos, estava grávida de cerca de 3 meses e teve o corpo escondido pelo acusado, que confessou o crime, cometido oito anos atrás. O júri popular ocorrerá no prédio da Caixa Econômica Federal da Alameda Buenos Aires, onde funciona a sede provisória do Fórum.


O júri popular ocorrerá antes do previsto inicialmente, que era 18 de novembro. Moradora de Santa Maria, Taísa desapareceu no dia 12 de junho de 2017, data em que celebraria o Dia dos Namorados. O acusado, um pastor com quem a vítima mantinha um relacionamento, confessou a autoria do crime. 


Ele tinha 42 anos na data do crime. Taísa e Carlos Rudinei se conheceram na igreja, onde ela estudava para ser missionária.


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​O corpo de Taísa foi localizado em 18 de julho, 36 dias após o desaparecimento. O corpo estava parcialmente enterrado em uma área de mata, na localidade de Rincão da Limeira, no interior de Itaara. O próprio acusado indicou o local às autoridades. A necropsia apontou traumatismo craniano como causa da morte. O crime foi executado com golpes de martelo.


Silva responde em liberdade por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com a qualificadora de feminicídio. O inquérito da Polícia Civil também o indiciou por aborto. As qualificadoras do homicídio incluem motivo torpe, meio cruel, emboscada/traição, além do feminicídio. 


O acusado era casado. O irmão da vítima, Dierson Macedo Paula, relatou que o pastor prometia para Taísa que deixaria a esposa. O prazo para o homem assumir o relacionamento com a jovem era 12 de junho de 2017, a data do desaparecimento.


Em depoimento, o pastor disse à polícia que o casal discutiu, Taísa entrou no carro, e eles foram ao local do crime. Ele alegou legítima defesa. Segundo a versão de Silva, Taísa teria tentado agredi-lo com um martelo, e ele teria tomado a ferramenta e agredido a vítima na cabeça. Ele negou ter conhecimento da gestação de Taísa.

 

Taísa desapareceu no dia 12 de junho de 2017 e foi encontrada morta 36 dias depoisReprodução


A decisão de responder em liberdade gerou controvérsia. O delegado Eduardo Machado, responsável pela investigação na época, explicou que não pediu a prisão preventiva porque o suspeito não oferecia risco de fuga, tinha residência fixa, não possuía antecedentes criminais e colaborava com as investigações.


O advogado da família de Taísa, Daniel Tonetto, diz que a demora para o julgamento se deve a recursos permitidos pelo processo penal e atrasos causados pela pandemia. O advogado espera que o réu seja condenado e saia do tribunal para a prisão.


O que diz a defesa

A defesa de Carlos Rudinei será realizada pelos advogados Leonardo Sagrillo Santiago, Rogér de Castro e Antônio Carlos Porto e Silva, que optaram por não se manifestar no momento.


Relembre os acontecimentos

  • 12 de junho de 2017: Taísa Macedo Paula, 26 anos, grávida de cerca de 3 meses, desaparece no Dia dos Namorados, data que havia estipulado para que seu namorado, o pastor casado Carlos Rudinei de Oliveira da Silva, assumisse o relacionamento.
  • 13 de junho de 2017: Carlos Rudinei liga para o irmão de Taísa, Dierson, afirmando que discutiram e que ela teria ido para casa.
  • 18 de julho de 2017: Após 36 dias de buscas, o corpo de Taísa é encontrado parcialmente enterrado em Itaara. O local é apontado pelo próprio Carlos Rudinei, que confessa o crime à polícia.
  • 20 de julho de 2017: O exame do Instituto Médico Legal (IML) confirma oficialmente que Taísa estava grávida.
  • 11 de agosto de 2017: A Polícia Civil indicia Carlos Rudinei por homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel, emboscada e feminicídio), ocultação de cadáver e aborto.
  • Julho de 2018: Um ano após a descoberta do corpo, a família lamenta a lentidão do processo, sem nenhuma audiência realizada até então. O réu segue em liberdade.
  • Junho de 2024: O caso completa sete anos. A família expressa seu sentimento de impotência e dor pela longa espera por justiça.
  • 26 de setembro de 2024: Data para a realização do júri popular de Carlos Rudinei de Oliveira da Silva.

 

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