Em regime semiaberto, Leandro Boldrini passa a morar em Santa Maria, onde filho está sepultado

Em regime semiaberto, Leandro Boldrini passa a morar em Santa Maria, onde filho está sepultado

Imagem: Reprodução/TJRS

Depois de receber o benefício de sair da cadeia, o réu Leandro Boldrini, condenado a 31 anos pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, decidiu se mudar para Santa Maria. Ele agora reside na cidade natal e onde estão sepultados os corpos do filho e da ex-mulher e mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, encontrada morta em fevereiro de 2010 na clínica do marido.

 

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Morador de Três Passos, o médico teve atendido na Justiça o pedido para residir em Santa Maria. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), a transferência foi autorizada e o Processo de Execução Criminal (PEC) dele foi encaminhado à Vara de Execuções Regional (VEC), que dará sequência ao cumprimento das condições fixadas para a progressão da pena em regime semiaberto.

Boldrini ficou preso nove dos 31 anos da sentença pela morte de Bernardo, que ocorreu em 2014, quando ele tinha 11 anos. O corpo foi encontrado em Frederico Westphalen. 


Apesar de ainda ter 19 anos a cumprir, a juíza Sonáli da Cruz Zluhan, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, concedeu, em julho deste ano, o direito de o réu cumprir o restante da pena no semiaberto. A magistrada alegou que, por falta de vagas no regime semiaberto – o preso sai do presídio durante o dia e retorna à noite –, Boldrini poderá ficar em casa, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

 

Inicialmente, a medida previa que o médico só poderia se deslocar de casa até o local de trabalho em Três Passos, onde residia. Direito que, agora, passa a valer em Santa Maria.


Ainda em julho, o Ministério Público (MP) ingressou com recurso contra a decisão. Conforme o MP, o réu “não preenche o requisito objetivo necessário à progressão de regime em razão da gravidade do homicídio quadruplamente qualificado (e majorado) cometido contra o filho Bernardo”.
Também aponta a falsidade ideológica praticada e, especialmente, o comportamento apresentado frente a esses fatos, “inexistindo qualquer referência do investigado quanto a sua responsabilidade”, diz. A Justiça ainda não julgou o recurso.

 
Outras três pessoas também foram condenadas pela morte de Bernardo. Entre elas, a madrasta, Graciele Ugulini, ex-companheira de Leandro. A pena é de 34 anos. Ela só terá direito à progressão de regime em 2026.


Outros dois condenados são os irmãos Edelvânia Wirganovicz, que recebeu pena de 22 anos de cadeia, e Evandro Wirganovicz, sentenciado a nove anos, mas já está em liberdade.


DEFESA

Segundo apurado pelo Bei, Leandro Boldrini estaria morando há cerca de dois meses em Santa Maria. Ele chegou a ser internado na ala psiquiátrica de um hospital do município. Antes, havia sido internado no Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre.

A defesa do médico foi procurada na quarta-feira e ontem, mas até o fechamento desta edição não havia se manifestado sobre o motivo da mudança de cidade, nem se o médico tem algum trabalho em Santa Maria.

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