Dois policiais militares de Santa Maria devem perder seus cargos públicos por terem trabalhado como seguranças de casas de jogos de azar na cidade. Os dois foram indiciados durante a Oa devem perder seus cargos públicos por terem trabalhado como seguranças de casas de jogos de azar na cidade. Os dois foram indiciados durante a Operação Xadrez, que indiciou 15 pessoas em 2008. A decisão, da Justiça de Santa Maria, é da semana passada.
Além de perderem os cargos públicos, eles também foram condenados à perda dos valores acrescidos ilicitamente aos seus patrimônios pelo tempo em que trabalharam nos locais, que foi cerca de três meses. Os dois policiais também foram condenados a pagar multa civil.
Conforme a ação do Ministério Públio, em 2009, os policiais foram contratados por um grupo com atuação no ramo de jogos de azar e a contratação se deu justamente porque os dois eram servidores da Brigada Militar. Em concordância com o entendimento do MP, a Justiça compreendeu que eles praticaram atos de improbidade administrativa, pois foram funcionários de locais sabidamente ilegais e que, inclusive, deveriam ser fiscalizados pela corporação da qual eram servidores.
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Durante a instrução do processo, um deles reconheceu ter praticado a atividade para a qual estava impedido em razão de ser policial militar, mas alegou não ter conhecimento sobre o delito pelo qual foi acusado. Ele disse que realizava a atividade de vigilante apenas nos horários de folga da BM, sem utilizar o fardamento e o armamento fornecido pela corporação.
Na sentença, a Justiça aponta que "é incontroverso que os réus foram convidados e aceitaram exercer a função de vigilantes em empresas exploradoras de jogos de azar, mesmo conhecendo a ilicitude do ato (seja porque eram policiais militares e não poderiam cumular tal função)". De acordo com o documento, os dois desonraram a postura de policiais militares.
Os dois também foram condenados na ação penal que tramitou na Justiça Militar. O comandante do 1º RPMon, Erivelto Hernandes Rodrigues, disse que ainda não tinha tomado conhecimento da decisão.
*Com informações da assessoria do Ministério Público