data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Brigada Militar (Divulgação)
Mais de 90% das armas apreendidas têm relação com o tráfico de droga, segundo comando do 1º RPMon
Os gestores da segurança pública são unânimes em afirmar que a percepção de segurança do cidadão aumenta à medida em que a polícia consegue tirar de circulação armas irregulares que estão em poder de criminosos e seriam utilizadas em ações como roubos e assaltos. Um dos órgãos responsáveis pela segurança na cidade, a Brigada Militar, já retirou, de janeiro e agosto deste ano, um total de 198 armas de circulação.
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Segundo o levantamento dos dados do Sistema Avante de Consultas Integradas da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), de janeiro a agosto de 2020, as ações dos esquadrões do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon) apreenderam 86 armas de fogo e 112 armas brancas (facas, facões e outros objetos, que não armas de fogo, que possam ferir uma pessoa) , um total de 198 armas fora de circulação.
No mesmo período, em 2019, os números são um pouco mais expressivos. Conforma aponta o Sistema Avante, foram 97 armas de fogo e 164 armas brancas apreendidas, somando 261 armas fora de circulação.
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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Brigada Militar (Divulgação)
QUASE UMA AMA POR DIA
A estatística representa que a polícia, nos primeiros oito meses deste ano, tirou quase uma arma por dia das ruas de Santa Maria. Para o comandante do 1º RPMon, tenente-coronel Cleberson Braida Bastianello, as operações de desarmamento são cada vez mais necessárias:
- Com base nos números, podemos afirmar que: cada arma que tiramos de circulação representa uma vida que estamos salvando. E uma vida, para nós que trabalhamos na linha de frente da segurança pública, significa muito.
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Bastianello salienta, também, que a grande maioria dos casos de armas apreendidas está relacionada ao comércio de drogas:
- Tudo gira em torno do tráfico. As drogas estão em tudo ou em quase tudo. Mais de 90% dos casos envolvendo apreensões de armas envolve drogas ou usuários de entorpecentes. Mas o fato é esse. Esse ano, no que diz respeito a questão de pandemia, estamos num momento diferente. Estamos intensificando essas operações de desarmamento. Estamos cada vez mais focados em tirar arma da mão do criminoso.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Fabricio Minussi (Bei)
Tenente-coronel Cléberson Braida Bastianello, comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon)
PARA ONDE VÃO AS ARMAS
Cada arma apreendida tem a sua origem verificada. Dependendo do tipo de arma e do histórico dela, segundo o delegado regional de Polícia Civil, Sandro Meinerz, existe um caminho a ser percorrido.
- As armas brancas apreendidas em abordagens da polícia têm destino certo. Se ela não está relacionada a outro crime, é feito um termo circunstanciado (TC). Depois, ela vai para o quartel da BM, onde é feita toda a documentação para que essa arma seja entregue ao Fórum. Já a arma de fogo, após apreendida, vai diretamente para a delegacia de polícia. A maioria das armas apreendidas está com a numeração raspada, pois são objetos de furto ou roubo. Após a conclusão do inquérito relacionado à apreensão, ela também é colocada à disposição da Justiça.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Brigada Militar (Divulgação)
AS APREENSÕES
A tecnologia tem sido aliada na otimização das ações de segurança pública e de enfrentamento à criminalidade. Nesse sentido, o 1º RPMon conta com uma ferramenta de georreferenciamento, que reúne todas as informações que auxiliam na identificação, por exemplo, dos locais onde um determinado tipo de ocorrência ocorre com mais frequência.
- Essa ferramenta tem nos auxiliado muito no planejamento das nossas ações e nos ajudam a identificar, melhor, onde, por exemplo, acontecem mais casos de furto, roubo e até de apreensão de armas - disse o comandante do 1º RPMon.
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NO MAPA
No mapa desenhado pelo georreferenciamento da BM (confira, abaixo), duas regiões de Santa Maria chamam a atenção: o Centro, seguido pelas áreas Norte e Oeste concentram a maior quantidade de apreensões de armas nos primeiros oito meses do ano.
- São regiões de grande circulação de pessoas e comércio forte. Por isso, indivíduos de outras regiões acabam migrando para esses locais com o objetivo de promover ações criminosas. Por isso, estamos cada vez mais apreendendo arma irregulares e tirando essas pessoas de circulação. Cabe reforçar que 90% dessas armas apreendidas não têm procedência comprovada - explicou o comandante do 1º RPMon.
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