Casal é condenado por morte em Paraíso do Sul

Duas pessoas foram condenadas na última quinta-feira pela morte do agricultor Edimar Ivo Kesseler, 51 anos, em 2012. A mulher da vítima, Marilisa Batista Severino, 38 anos, foi condenada a 15 anos de prisão em regime fechado. O júri popular, que ocorreu em Agudo, também condenou Rogênio Romeu Wendt, 55 anos, que tinha um relacionamento amoroso com Marilisa na época. Ele foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão pelo crime. Ambos estão presos desde outubro de 2012.

A dupla foi condenada por homicídio qualificado por motivo fútil e por ter impossibilitado a defesa da vítima. Além disso, Marilisa teria se aproveitado das relações domésticas para praticar o crime.

O julgamento começou pouco antes das 9h45min e só terminou depois das 19h30min. Defesa e acusação tiveram duas horas e meia para apresentar seus argumentos sobre cada um dos réus. Além disso, foram ouvidos os acusados e duas testemunhas.

O crime ocorreu em Paraíso do Sul em 28 de outubro de 2012. Kesseler foi encontrado morto, com vários golpes na cabeça, ao lado de um galpão, na localidade de Vila Paraíso do Sul. Na época, a Brigada Militar acreditava que a vítima havia sido surpreendida e agredida dentro do galpão e, depois, arrastada para fora, porque havia rastro de sangue.

O crime causou grande comoção popular na época. Nesta quinta-feira, o Fórum de Agudo, onde aconteceu o julgamento, ficou lotado em boa parte do dia.

O júri foi presidido pela juíza Magali Wickert de Oliveira e composto por quatro mulheres e três homens, a maioria de Agudo, sorteados no início da manhã.

A promotora Daniela Raiser trabalhou na acusação dos réus. A defesa foi feita pelos advogados Sérgio Lima, William Costódio Lima e Wedner Costódio Lima.

Segundo os advogados, já foi interposto recurso de apelação, na própria sessão de julgamento, e também deve ser interposto, nos próximos dias, um habeas corpus em favor dos acusados para que possam recorrer em liberdade.