Entrevista

''Vou me mudar amanhã', conta idosa vítima de assalto em Santa Maria

Patric Chagas

Ainda se recuperando do susto após ter sido amarrada durante assalto, a idosa recebeu a reportagem do Diário em sua casa e falou sobre a situação traumática que foi obrigada a passar. Na companhia de visitas, que foram até o local para prestar seu apoio, a vítima contou como foi a ação dos criminosos. Entre as medidas que tomará para não passar mais por momentos como esse será mudar de endereço. Confira, abaixo, entrevista:

Diário de Santa Maria _ Como foi a ação dos criminosos?
Vítima
_ Costumo acordar cedo e sempre abro a porta dos fundos de casa. Eles estavam escondidos, e quando ouviram o barulho do trinco, empurraram a porta e invadiram a casa. Meu irmão, que é de Porto Alegre e está aqui me visitando, também foi rendido. Eles estavam com o rosto coberto e tinham armas. Nos imobilizaram e nos colocaram deitados no chão do quarto. Enquanto um deles segurava meu irmão pelo pescoço, e dizia para a gente ficar quieto, o outro revirava toda a casa. Deixaram tudo uma bagunça e fugiram pela portão da garagem. Depois,
conseguimos arrombar a janela da frente e pedir ajuda.

Diário _ Vocês foram agredidos?
Vítima
_ Não. Eles pediram desculpas pelo transtorno, mas que poderia ser pior e levavam apenas bens materiais. Quando eles foram embora, disse para irem com Deus.

Diário _ Como a senhora está se sentindo?
Vítima
_ Ainda me recuperando da morte do meu marido que faleceu há seis meses. Isso abala de uma maneira que não tem nem como explicar. Se não fosse a solidariedade dos vizinhos, não sei como seria. O carinho que meu irmão e eu fomos tratados pela polícia, sempre preocupados se estávamos bem, também foi nota 10.

Diário _ A senhora acredita que os assaltantes eram conhecidos?
Vítima
_ Meu marido era uma pessoa muito caridosa e vivia ajudando os outros. Ele sempre dizia que não importava se era dinheiro para beber ou para comer, se a pessoa estava pedindo era por que precisava. Eles não foram agressivos e sabiam até a hora que eu abria a  porta. Já iria me mudar no início do ano que vem. Mas, depois disso, já vou me mudar amanhã.

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