Foto: Reprodução - Redes Sociais
André Lorscheitter Baptista, 50 anos foi preso na última terça-feira (29), ele tinha filho de 2 anos com a vítima
O médico André Lorscheitter Baptista50 anos, foi preso por volta das 18h30min de terça-feira (29) em Canoas, acusado de ter matado sua esposa, Patrícia Rosa dos Santos, 41 anos. As investigações indicam que ele teria envenenado Patrícia antes de aplicar medicações controladas desviadas do Sistema Único de Saúde (SUS).
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O delegado Rafael Pereira, do Departamento de Homicídios do estado, afirmou ter certeza da implicação de André no crime. Estamos convictos da participação dele. É um caso digno de filme, ele usou suas habilidades médicas para cometer o assassinato, declarou.
Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Canoas, cumpriram um mandado de prisão preventiva do médico, formalizando a acusação de feminicídio.
A investigação foi conduzida pelo delegado Arthur Hermes Reguse, que concluiu que o crime ocorreu quando o marido administrou Zolpidem em um sorvete consumido por Patrícia, induzindo-a ao sono. Em seguida, ele teria feito punções venosas para injetar medicamentos de uso restrito, que resultaram no óbito da vítima, que estava desacordada dentro da residência do casal.
Durante a apuração, a polícia encontrou um pote de sorvete no local, que passou por perícia. O laudo revelou a presença de Zolpidem, um medicamento utilizado para induzir o sono profundo, além de imagens que mostravam um comprimido diluído no líquido.
As análises realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) também confirmaram a presença de sangue da vítima em um acesso venoso e em uma gaze apreendida na cena do crime, além de detectarem as substâncias que André administrou a Patrícia.
O delegado ressaltou que não restam dúvidas sobre a premeditação do ato. A principal hipótese é que ele adicionou Zolpidem ao sorvete, induzindo Patrícia a um sono profundo para, em seguida, injetar midazolam e sustrate em seus pés, explicou. As injeções foram administradas de forma deliberada, com a intenção de forjar um atestado de óbito natural. Ele injetou nos pés, pois, se tivesse feito na região do braço, não conseguiria justificar uma morte natural, completou.
Quando a polícia chegou ao local, após um pedido de familiares desconfiados, André já havia obtido um atestado de óbito de outro médico, que atribuía a causa da morte a um infarto. Ele desviou a medicação com a intenção de matar a esposa. Como médico do SAMU, tentou usar esse conhecimento para simular um infarto. O carro da funerária já estava presente quando a equipe policial chegou, afirmou o delegado.
Patrícia Rosa dos Santos era enfermeira e mãe de um filho de 2 anos com André.