Morreu Santa Adelia da Rosa Porto

Fotos: Arquivo Pessoal

Nascida em São Martinho da Serra, quando a cidade ainda era distrito de Santa Maria, a dona de casa Santa Adelia da Rosa Porto, 75 anos, foi criada no Interior com as irmãs Nelcinda, Nelci e Madalena. Ela foi casada por quase cinco décadas com o funcionário público Antenor Domingos Porto, falecido em 2013. O casal teve três filhos, Angélica, Luís Fernando e Miguel Ângelo, e nove netos, Lisiane, Leandro, Melissa, Gabriela, Cristian, Mariana, João Vítor, Pedro Henrique e Agnes Esther, que está para nascer. O bisneto Murilo era uma das alegrias da dona de casa.

Segundo Angélica de Fatima Porto, 48 anos, Santa estava sempre atenta aos cuidados com a família:
- A mãe era exemplo de dedicação com os de casa, amigos e vizinhos. Ela gostava de fazer doces, visitar os filhos, cuidar da horta e passear em Arroio Grande, onde morou antes de se mudar para Santa Maria, há 30 anos.
Angélica conta que um dos hábitos de Santa era tomar chimarrão de manhã e conversar com os amigos.
- Falar nos netos e contar histórias da juventude era a paixão dela. Além disso, ela fazia amizade com facilidade. Por onde ia e em qualquer lugar, sabia puxar uma boa conversa - fala Angélica.
A idosa morava sozinha desde o falecimento do filho Miguel Ângelo, há dois anos. Angélica conta que Santa escolheu morar sozinha para ficar no canto dela, visto que era muito apegada ao lar.
Para Melissa Porto, 13 anos, cuidar da avó era prioridade. Sempre que podia, a adolescente se encarregava em dar a alimentação e os remédios de Santa.
Para a neta Lisiane Porto, 27 anos, fica a saudade de uma avó amorosa, que se dedicou a ela quando era criança.
- Tive aquela avó cuidadosa, que me levava para o colégio e era agradável com a gente. Quando eu ligava avisando que iria na casa dela, a vó perguntava o que eu queria comer quando chegasse lá. Para ela, minha entrada na faculdade foi motivo de muito orgulho. Decidida, teimosa, mas, ao mesmo tempo, generosa, a vó tirava de si para ajudar a quem precisasse - emociona-se a neta.
Sobrinha da idosa, Ivaniza de Fatima Machado, 50 anos, considerava Santa uma segunda mãe.
- Minha tia me deu atenção, cuidou de mim e me ensinou a valorizar vários aspectos, inclusive referentes à alimentação. Aos 10 anos, eu ainda não comia carne. Até que ela me convenceu da importância desse alimento - lembra Ivaniza.
Para a nora Jucelaine Maciel Porto, 39 anos, Santa foi modelo de fé, de coragem e de persistência.
- Estou na família há 26 anos. Então, nossa convivência era muito próxima. No mínimo, umas quatro vezes por dia, estávamos juntas. Eu era muito apegada com ela.
Em 14 de abril, Santa Adelia da Rosa Porto sofreu um AVC e ficou hospitalizada. Em 18 de abril, ela morreu. Santa foi sepultada no mesmo dia, no Cemitério Jardim da Saudade, em Santa Maria.

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Funerária São Martinho

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