Morreu o motorista de ônibus Claudio Roberto Ferreira

Fotos: Arquivo Pessoal

O motorista de ônibus Claudio Roberto Ferreira, 68 anos, nasceu e se criou em Rio Pardo, região dos pampas gaúchos. Ferreira trabalhou em diversas empresas de transporte intermunicipal e estadual, mas foi na Planalto que ele se aposentou.

O motorista foi casado com Nilza Maria Martins, 66 anos. Os dois tiveram três filhos: Claudio Júnior, Michele e Thiago Martins Ferreira. O aposentado também era avô de Lucas, 14 anos, Theodora, 6, e Antônia, 5. Os três eram os xodós de Ferreira, que adorava cuidar dos netos e educá-los. O motorista ficava com Lucas enquanto a filha saía para trabalhar. Os pequenos eram muito apegados ao avô. Ferreira era tão atencioso que levou Michele para a maternidade, quando chegou o primeiro neto.

- Ele foi um pai bem presente. Nas nossas férias de infância, ele nos levava para as viagens nos ônibus que dirigia. Conhecemos vários locais. Quando não íamos juntos, ficávamos contando os minutos para que ele chegasse e pudéssemos abraçá-lo - emociona-se Michele.

Conforme a família, Ferreira adorava fazer amizades. Muito falante, ele tinha facilidade de conquistar mais amigos. Aos finais de semana, reunia os filhos em casa para o tradicional churrasco.

- A carne tinha que ser bem gorda e mal passada. Mesmo assim, procurava agradar a todos os públicos. O pai era preocupado conosco. Sempre nos ligando para saber como estávamos - recorda Claudio Júnior.

Segundo a família, a alegria de Ferreira foi ver o filho mais novo herdar a profissão que exerceu com muita dedicação. Colorado, Ferreira não perdia os lances do time. Quando solteiro, o motorista foi baterista de uma banda. Aos filhos e netos, Ferreira ensinou valores como: solidariedade, amizade e carinho. Era apaixonado pela vida, dedicado em tudo o que fazia e nunca deixou de batalhar pelos objetivos. Ferreira precisou ficar internado no Hospital da Unimed por um ano e oito meses.

Em 3 de setembro, ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e faleceu. O idoso foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122