Morreu o motorista aposentado Edir Souza da Silva

Fotos: Arquivo Pessoal

Humilde, reservado e caseiro. Assim Edir Souza da Silva, 88 anos, foi descrito pela família. Por mais de 37 anos, Silva conduziu os ônibus do Centro de Ciências Rurais (CCR) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O motorista recebeu inúmeras cartas de agradecimento do reitor, de alunos, de funcionários e de colaboradores da universidade.

- As cartas agradeciam por ele ser um motorista prudente e consciente. Ele guardou várias delas. Nós só fomos ver após o falecimento do pai, quando tivemos que encontrar certidões e documentos. Foi emocionante saber como ele era querido por onde passou - conta a filha, a publicitária Janice Medeiros da Silva, 58 anos.

O agente administrativo do CCR Vilceu Rosa, 65 anos, trabalhou por quase 20 anos coordenando as rotas que Silva fazia. Conforme Rosa, o motorista era um exemplo de colega e profissional:

- Ele era muito organizado e educado. Era respeitadíssimo por todos os alunos, professores e funcionários da época. Um colega que será lembrado sempre com muito carinho e admiração.

Além de Janice, Silva era pai do agrônomo Clandio Medeiros da Silva, 60 anos, e do médico veterinário Edenir Medeiros da Silva, 52. O motorista aposentado era muito orgulhoso de ter formado os três filhos pela UFSM.

- Além de carregar os alunos nas viagens, ele nos levava para a universidade. Como eu e meu irmão Edenir estudávamos no CCR, pudemos passar ainda mais tempo ao lado dele, que era um pai muito tranquilo - emociona-se Clandio.

Por coincidência, os três filhos nasceram no dia 17 de maio, em anos diferentes. Silva também comemorava o aniversário de casamento com a amada Beloni Medeiros da Silva, 87 anos, em maio, no dia 16.

- A festa era garantida. É um mês muito significativo para a família. Quando o pai foi ficando debilitado, nós reforçamos as comemorações dessas datas. Em maio de 2019, ele e a mãe comemorariam 62 anos de casados - recorda o primogênito do casal.

Silva também adorava fazer churrasco para a família e amigos, assim como cultivar a tradição do chimarrão, ao menos, três vezes no dia.

Nascido e criado em Cacequi, Silva mudou-se para Santa Maria a trabalho. Foi no Coração do Rio Grande que ele conheceu a esposa, que se mudou de Dilermando de Aguiar para estudar. À família, o motorista deixa o ensinamento de honestidade, lutar pelos ideais e de fazer tudo com paciência.

Por quase quatro dias, Silva ficou internado no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. Ele faleceu na manhã do dia 8 de janeiro e foi sepultado no final da tarde do mesmo dia, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria. A família preferiu não divulgar as causas da morte.

OUTROS FALECIMENTOS EM SANTA MARIA E REGIÃO 

Funerária São Martinho

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Isolina Trindade Frayner, aos 101 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria 

4/11
Dilberto Gonzaga dos Santos Tonetto, aos 58 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria 
Eva de Bitencourt Vaz, aos 87 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria 

5/11
Elmira Freitas da Silva, aos 83 anos, foi sepultada no Cemitério Municipal, em Rosário do Sul
Auri Alves da Silva, aos 68 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
Helena da Silva Machado, aos 65 anos, foi sepultada no Cemitério Pau a Pique, em Santa Maria 

6/11
José Ricardo da Silva, aos 52 anos, foi sepultado no Cemitério de Boca do Monte, distrito de Santa Maria 

As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122