obituário

Morreu o ex ferroviário Nilson Saldanha da Silva

Fotos: Arquivo Pessoal

Nascido e criado em Cacequi, Nilson Saldanha da Silva, 79 anos, mudou-se ainda jovem para Santa Maria para trabalhar na Viação Férrea. Afastou-se do trabalho ferroviário somente para servir ao quartel, mas retornou para o ofício pelo qual era apaixonado: a manutenção dos trens. 

Conforme a filha mais nova, Maria Cristina Saldanha, 46 anos, o pai costumava retornar para a casa com as roupas sujas de fuligem, e as lavadeiras da época tinham trabalho para devolvê-las limpas. Quando surgiu a máquina de lavar, era a esposa, Therezinha Saldanha da Silva, já falecida, quem cuidava das roupas.

O casal ficou junto por quase 40 anos. Os dois se conheceram ainda na infância, pois eram primos e tinham boa convivência. Eles se encantaram um pelo outro e não se separaram mais. O casal teve também os filhos Maria do Carmo, 54 anos, e Roberto Carlos, 52. O nome foi dado pela mãe Therezinha, que era grande fã do famoso cantor.

- O pai tinha boa relação com todos nós. Por ser caçula, recebi muitos mimos. Ele adorava fazer as minhas vontades - relembra Cristina.

A característica mais marcante era a fala. Em todos os locais onde chegava, Silva conseguia facilmente fazer amigos e contar histórias para quem estivesse perto. Sua grande paixão era relatar sobre seu tempo de trabalho na estação de trens. Suas roupas coloridas e chamativas e o gel no cabelo também eram suas marcas registradas. A filha fala que o banho de perfume não podia faltar.

- Nem que fosse somente até a esquina, ele saía sempre bem perfumado. O cheiro desse perfume vai ficar marcado em nossas mentes e na casa inteira - conta.

A filha relata ainda que Silva era muito solidário com os familiares e com as pessoas que pediam ajuda nas ruas. Quando lhe solicitavam, ele sempre dava dinheiro.

Seu grande costume, desde jovem, era tomar chimarrão. Ao chegar do trabalho, trocava de roupa e ia ficar com a esposa para aproveitar o final de tarde com um bom mate. Atualmente, o aposentado tomava três ou quatro mates e já parava, mas nunca deixou de cultivar a tradição. Quando mais jovem, costumava ouvir músicas gaúchas em seu toca-discos com Therezinha, mas era muito tímido para dançar. Torcedor do Sport Club Internacional, acompanhava os lances do time pela televisão e rádio. Além disso, aos finais de semana, tinha por costume reunir os familiares para assar carne e conversar.

- Nós éramos primos, nos conhecíamos desde criança. Lembro que ele era apegado com os filhos e foi um paizão. O Nilson me deixou o ensinamento de batalhar muito para realizar meus sonhos e ser sempre honesto - diz a cunhada e professora aposentada Sonia Maria Nunes Saldanha, 66 anos.

O idoso adorava expressar o amor que sentia dando colo e abraços.

- Em dias de muito frio, quando eu precisava sair cedo para a escola, ele esquentava água para eu me lavar. Ele nos deixa a lembrança do amor, da proteção e do mimo. Éramos muito apegados - diz Cristina.

Ele também gostava de agradar aos cinco netos e ao bisneto, comprando guloseimas e realizando seus desejos.

Nilson passou mal em casa, mas não resistiu e morreu em 19 de abril, no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, em razão de um câncer no pulmão. Ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122

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