Fotos: Arquivo Pessoal
Descrito como um gaiteiro muito alegre, Adão Soares Machado, 81 anos, era conhecido em Santa Maria como Tio Machadinho. Apaixonado pela cultura gaúcha, Machado participava do Departamento Tradicionalista Querência das Dores junto da amada, a dona de casa Veronica Parcianello Machado, 56. Os dois se conheceram em uma domingueira do Clube Caixeiral, em 9 de agosto de 2000, e, desde então, não se separaram mais. Juntos, eles foram morar no Bairro Camobi, onde Veronica permanece vivendo.
- Ele dançava muito bem, tinha muita alegria e adorava estar no meio do agito. No tempo livre, meu marido costumava conversar e tomar café com os amigos no Calçadão Salvador Isaia, no centro da cidade - recorda Veronica.
Além de se dedicar ao tradicionalismo, Machado costumava ir a bailes de Carnaval no Clube Recreativo Dores e participava do Bloco Loucos por Chamamé, da entidade. O músico também participou da patronagem do Departamento Tradicionalista do clube, de onde era sócio desde 1991. Segundo a Verônica, o marido levava a alegria por onde passava e seus pensamentos eram sempre otimistas.
Os dois não tiveram filhos juntos, mas Machado era pai de Paulo Renato e Alexsandro (ambos falecidos), e de Elizete e Karina. Ele adorava receber a visita das filhas e também dos enteados, Gilvani e Jeferson, por quem tinha um grande carinho. O gaiteiro também gostava muito de estar na companhia de sobrinhos, netos e bisnetos.
- Nós dois éramos muito parceiros. Em casa, conversávamos muito e tomávamos chimarrão. Quando saíamos nos bailes e festas, éramos um belo par de dança, não parávamos a noite inteira. Por 18 anos, fomos tudo um para o outro, cuidávamos um do outro e, agora, ele me faz uma grande falta - emociona-se Veronica.
Nascido e criado em São Martinho da Serra, Machado se mudou para Santa Maria aos 16 anos, junto dos pais e dos irmãos. No Coração do Rio Grande, ele trabalhou por 37 anos na Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), onde se aposentou.
Em uma homenagem póstuma publicada na edição número 145 da Dorense em Revista, do Clube Recreativo Dores, um dos membros do Departamento Tradicionalista Querência das Dores, Valmir Beltrame, afirma que Machado estava em todos os concursos, rodeios artísticos e semanas farroupilhas da entidade.
- Ele e Veronica estavam sempre juntos nos eventos, gritando o nome do departamento, que ele considerava uma segunda casa - disse Beltrame, à publicação.
Por 72 dias, Machado ficou internado no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. Ele faleceu em 30 de maio em decorrência de problemas pulmonares. O gaiteiro foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.
OUTROS FALECIMENTOS EM SANTA MARIA E NA REGIÃO
Funerária Cauzzo
16/07
Augusto Dalla Costa, aos 82 anos, foi sepultado no Cemitério de Campinas, em São Martinho da Serra
18/07
Vanda de Moraes Saldanha, aos 85 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
Maria Lenir Dias Oleques, aos 78 anos, foi sepultada no Cemitério de Jacuí, em Restinga Sêca
Marilene Rosa Paz, aos 55 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
Emiliano Alves Muller, aos 87 anos, foi sepultado no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria
19/07
Laurelina de Oliveira Stanque, aos 90 anos, foi sepultada no Cemitério São José, em Santa Maria
21/07
Vera Regina Barreto Gori, aos 75 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
22/07
Ivaristo Gonçalves da Silva, aos 89 anos, foi sepultado no Cemitério de Dorasnal, em Santa Maria
As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122
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