Maria Luiza Cardoso Alegre
Primogênita do peão de estância Marcos Cardoso e da dona de casa Maria da Rosa Cardoso, Maria Luiza Cardoso Alegre nasceu e foi criada em Barra do Quaraí - RS. Sendo a mais velha de doze irmãos, soube desde cedo o que era responsabilidade. Acabou estudando até a terceira série, porque precisava ajudar os pais. Aos 10 anos, trabalhava como babá, para complementar a renda familiar.
Já na adolescência, além do trabalho, prezava pelos encontros com os amigos. Teria sido em uma oportunidade como essa que Maria Luiza conheceu Maurício Alegre. Ele a convidou para ir a um baile e tempos depois, os dois começaram a namorar.
Aos 17 anos, Maria Luiza se casou com seu primeiro amor. Junto com Maurício, que era ferroviário, ela veio para Santa Maria em 1962. Desta união, de mais 67 anos, vieram os filhos Cleci, Clene, Cleunice, Mauro, Luiza, Mara e Maísa, além dos netos Caroline, Douglas, Ben-Hur, Franciele, Bruna e mais tarde, a bisneta Vitória.
Vaidosa, Maria Luiza gostava de ir ao cabeleireiro e mudar o visual. Era uma mulher amorosa e zelosa, especialmente na presença dos familiares. A professora Luiza Maria Cardoso Alegre Diniz, 60 anos, descreve a mãe como o elo de ligação entre toda a família, ao recordar das mesas fartas aos domingos e dos conselhos que ela sempre dava.
Para a funcionária pública aposentada, Maria Ione Cardoso Alegre, 57 anos, o orgulho que Maria Luiza sentia ao ver os filhos e os netos formados sempre será uma das melhores lembranças.
- Mesmo tendo pouco estudo, uma vida muito simples e com dificuldades financeiras, sempre motivou os filhos a estudar, pois defendia que esta seria a única forma de transformação social, possibilitando um futuro melhor, e gerando um desenvolvimento social, econômico e cultural - comenta a filha.
Maria Luiza Cardoso Alegre morreu em 16 de fevereiro de 2021, aos 86 anos, em decorrência de um segundo Acidente Cardiovascular (AVC) e pneumonia. A dona de casa foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Santa Rita de Cássia.
Clésio Côrrea da Silva
Filho de Antenor e Leonida Côrrea da Silva, Clésio Côrrea da Silva nasceu e cresceu na cidade de Formigueiro - RS. Desde pequeno, era organizado e estudioso. Características que lhe ajudariam muito durante a adolescência. Em 1955, aos 14 anos, Clésio veio com a família para Santa Maria, para poder estudar.
Com determinação, ele ingressou na Universidade Federal de Santa Maria, onde se formou em Ciência Contábeis e em Direito. Em uma festa, durante esse período, ele conheceu Zaida Barros da Silva. Desta união, que durou 54 anos, vieram os filhos Carlos Eduardo e Cléa, os netos Eduarda, Jaisson, Carlos Eduardo e Larissa. E mais tarde, a bisneta Rafaela, de apenas 2 meses.
No exercício da profissão, Clésio foi procurador jurídico nas prefeituras de Santa Maria, Silveira Martins e Itaara. A advogada Eduarda Alves Silva, 35 anos, comenta que o avô sempre foi muito respeitado pela competência e profissionalismo com que conduzia as ações. Para ela, o que fica é o exemplo de caráter, honestidade e responsabilidade que o Clésio representava.
Nas horas vagas, Clésio gostava de assistir aos jogos do Sport Club Internacional e estar com a família. Era um pai e avô carinhoso, como se recorda a professora Clea Barros Silva, 48 anos.
-As lembranças que tenho são de um pai maravilhoso, um amigo fiel com quem eu aprendi a ser tudo o que sou. Sabe, aquele pai herói, era assim que eu o via. Eu costumava chamá-lo de "vida da minha vida" e ele apenas sorria - afirma a filha.
Clésio Côrrea da Silva morreu em 22 de março de 2021, aos 79 anos, devido a uma parada cardíaca. O advogado foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico.