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VÍDEO: segundo mês de isolamento tem menos acidentes e mortes em rodovias da região

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Trecho de entrada na ERS-149 foi o único que teve um acidente com morte em abril entre as rodovias da região

Ainda que não seja amplamente respeitado, o isolamento social segue com efeitos nos índices de acidentes de trânsito na Região Central. Em março, os acidentes graves caíram, mas houve mais mortes em relação ao mesmo mês do ano passado. Em abril, contudo, tanto os acidentes quanto as mortes foram menores em comparação ao mês anterior e ao mesmo período de 2019.

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Os dados* têm como base um levantamento feito junto ao Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BRBM) e à Polícia Rodoviária Federal (PRF). As duas instituições apontaram que, em abril de 2020, foram 22 acidentes nas rodovias da região. No mês de abril de 2019, foram 71. A queda é de 70%. A redução também é observada em acidentes graves - de 26 para seis, o que é uma queda de 77%. Apenas uma pessoa morreu em rodovias da Região Central em abril de 2020. O número é 80% menor que as mortes de abril de 2019, quando cinco pessoas morreram em acidentes.

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RODOVIAS ESTADUAIS
Foi no trecho de Restinga Sêca da ERS-149 a única morte de abril nas rodovias da região. Uma mulher de 52 anos morreu após a moto em que ela estava colidir na traseira de um veículo que tentava fazer uma ultrapassagem em local proibido. Apesar desta ocorrência, o BRBM indica que foram três mortes a menos que o registrado em março. Em abril de 2019, três pessoas morreram em rodovias da região, duas a mais que o mês passado. 

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Ao todo, foram oito acidentes, 71% a menos que abril de 2019, quando foram 27. Do total, apenas quatro foram acidentes considerados graves. data-filename="retriever" style="width: 100%;">


O fluxo de veículos nas rodovias estaduais, segundo o BRBM, está semelhante ao que era visto antes da pandemia. A atuação dos policiais militares, contudo, mudou. O comandante da 3ª Companhia do Batalhão Rodoviário da BM, capitão Gustavo Dubou, atribui a queda nos indicadores à estratégia do Batalhão.

- Os agentes que estavam de férias foram chamados logo no início da pandemia, agora normalizou. Mas estávamos com 100% da capacidade, sendo o efetivo administrativo sendo empregado também na rodovia. Nós intensificamos bastante a fiscalização. Procuramos analisar o histórico de ocorrências e, com base nisso, a gente sabe locais e horários que acabam tendo mais acidentes e posicionamos o efetivo, já que não dá para cobrir toda malha - comenta.

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O maior movimento em relação ao primeiro mês de isolamento também causou menores ocorrências relacionadas ao desrespeito do limite de velocidade. Quando houve menos veículos, como em março, foi perceptível e captado em radares motoristas em velocidades maiores do que as permitidas nas rodovias.  

- Por conta até do movimento maior, acabam se formando filas, o que dificulta a ultrapassagem. Às vezes, quando tem a pista mais liberada, a tendência é pisar mais. Agora, por conta do fluxo, a velocidade diminuiu. O movimento é praticamente normal. Faz duas semanas que deu uma arrefecida, afrouxou a quarentena - conta Dubou.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

RODOVIAS FEDERAIS
O dado mais positivo é das rodovias federais. Não foram registradas mortes em abril. No mesmo período do ano passado, foram duas. O número de acidentes total foi de 44 para 22. A queda também aconteceu no recorte dos acidentes graves: de oito para dois. data-filename="retriever" style="width: 100%;">

O inspetor chefe da 9ª Delegacia da PRF, Paulo Júnior aponta que há peculiaridades das rodovias federias da região como o alto fluxo de veículos de carga que transportam produtos da agricultura e os trecho de perímetro urbano. O primeiro ponto fez com que, mesmo com redução de veículos, houvesse fluxo relativamente normal nos meses de março e abril. 

- O transporte de caminhões até deu uma reduzida no início, mas não parou em relação à safra. É o mesmo fluxo de veículos pesados, de carga, longos. Do ponto de vista do perímetro urbano, é até uma surpresa que a movimentação seja grande, tendo em vista que não estamos com faculdades e escolas funcionando - fala.

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Outro ponto que Paulo Júnior aponta como característicos dos trechos da Região Central é que as BRs passam por dentro das cidades. Segundo o inspetor chefe, os acidentes graves se tornam mais propícios a acontecer por isso, embora cada caso possa ter uma explicação diferente.

- Tivemos alguns atropelamentos, que o perímetro urbano infelizmente permite a interação ciclista com carro, pedestre com veículo. E isso são acidentes graves. Teríamos que avaliar com mais detalhes. Conseguimos manter as coisas sob controle, mas nossa expectativa era uma redução talvez maior ainda - explica.

Paulo Júnior ainda aponta a estratégia de trabalho que preza pela atuação nos pontos considerados mais críticos com base em análise da PRF. Exemplo disso é que a PRF do Estado aumentou em 61% a apreensão de drogas e em 375% a apreensão de dinheiro sem origem lícita comprovada, em comparação com o mesmo período do ano passado. A nível estadual, acidentes e mortes também caíram.

Os órgãos de segurança das rodovias têm suas rotinas modificadas no contexto de pandemia. A busca por reduzir acidentes graves ganha força para que não seja necessário utilizar do sistema de saúde. A intenção é de que hospitais possam se concentrar ainda mais nos casos de Covid-19 que precisarem de atendimento.

*A área de cobertura do Batalhão Rodoviário da BM e da 9ª Delegacia da PRF não cobre todas as cidades da área de cobertura do Diário. O Batalhão, por por meio do Grupo Rodoviário de Santa Maria atua de Júlio de Castilhos a Vila Nova do Sul e de Toropi a Restinga Sêca. Já a 9ª Delegacia da PRF atua de Júlio de Castilhos a Caçapava do Sul e de Mata a Cachoeira do Sul 

**Colaborou Leonardo Catto

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