VÍDEO: noiva atravessa cidade em charrete para casamento em Santa Maria

Letícia Klusener e Maria Júlia Corrêa

VÍDEO: noiva atravessa cidade em charrete para casamento em Santa Maria

Foto: Reprodução

Fosse em outros tempos, o que foi vivenciado no último fim de semana seria visto como comum. Contudo, hoje, a situação desperta curiosidade, arranca sorrisos e celulares dos bolsos para gravar a cena. No último sábado (21), uma charrete percorreu as ruas de Santa Maria com uma noiva. O caso foi gravado e publicado nas redes sociais. Confira:



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A noiva se chama Cristina Dos Santos Beulke e tem 51 anos. Ela estava sendo levada, da Rua Riachuelo, no Centro, até o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Farroupilha, no Bairro Itararé, para casar com Danilo Danitz Garcia, 53 anos.


O planejamento inicial era realizar a cerimônia em São Pedro do Sul. Nada de cavalos, charretes ou comemorações tradicionalistas. Porém, as negociações não avançaram e tudo mudou:


– Decidi, então, casar em Santa Maria. Um amigo do meu esposo é patrono de um CTG na cidade e ofereceu o local.


Foi a partir disso que uma corrente de solidariedade se formou para fazer a cerimônia dar certo, desde a sessão de fotos, passando pelo salão de beleza e até a forma de deslocamento dos noivos até o local.

Foto: Arquivo pessoal


Cristina conta que tanto ela quanto Danilo são tradicionalistas; relata que na adolescência não conseguia frequentar os bailes gaúchos porque não tinha um vestido de prenda. Também não teve uma festa para comemorar os seus 15 anos. Ela também personalizou o sapato que vestiu na festa.


– Consegui realizar vários sonhos em um só momento. Meu sonho era ter um vestido de prenda e ter uma festa assim. Com o vestido branco e da charrete me senti a própria cinderela. Foi tudo perfeito, estava muito feliz – conta.


Foto: Arquivo pessoal


E como foi a reação das pessoas ao verem uma noiva passando de charrete pelas ruas da cidade? Cristina conta que foram diversas reações:


– Saímos do salão, passamos por algumas ruas até chegar ao local do casamento. As pessoas tiravam fotos, faziam vídeos, algumas até gritavam da sacada do apartamento, enquanto outras criticaram. Mas eu estava muito feliz, isso que importava para mim.


Foi uma cerimônia simples, mas repleta de solidariedade e muito amor. Para os recém-casados, é isso que importa.


Como surgiu essa história de amor


Nascida em Alegrete, Cristina foi adotada quando tinha apenas dois dias de vida. Ela foi criada na Fronteira Oeste. Uma de suas tias morava em São Pedro do Sul e ia poucas vezes visitar os familiares, então o contato não era muito próximo. Essa tia é a mãe de Danilo, primo de Cristina. Mas isso eles não sabiam naquela época, porque nem se conheciam.


Os anos se passaram, ambos ficaram adultos, formaram suas respectivas famílias e cerca de 30 anos depois, divorciaram-se. Neste momento, Cristina decidiu voltar as raízes e passou a criar a árvore genealógica da família que lhe abraçou. 


Nesta busca por familiares através das redes sociais, no ano de 2021, deparou com Danilo. Após o convite de amizade que foi aceito, eles passaram a conversar e essa aproximação gerou um novo sentimento: o amor. 


– A gente se apaixonou. Estávamos receosos de contar para a família, mas fomos muito bem recebidos – conta a noiva.


Por causa dos compromissos profissionais, eles devem manter um casamento à distância neste momento, pois Cristina é servidora, na área da saúde, em Novo Hamburgo, enquanto Danilo reside em Santa Maria.


Inspiração

A inspiração veio de outro casamento que ocorreu na região em setembro de 2022. Um casal, apaixonado pelo tradicionalismo, casou dentro da cancha do 1º Rodeio da Integração do CTG Carreteiros do Pago, em Formigueiro. 


Barcello Barbosa, 58 anos, é cabeleireiro e dono da charrete. Ela existe há 20 anos. Para ele, é um hobby produzir artefatos em madeira. Além de proporcionar o momento para o casal, ele também foi o mestre de cerimônia do casamento: 


– Para mim, foi muito especial. Trabalho com madeira há bastante tempo e a charrete existe também há anos. Foi muito legal poder vivenciar isso com o casal, além de também realizar o casamento. 


Já os cavalos que conduziram a charrete até o CTG Farroupilha, no Bairro Itararé, foram uma gentileza do vizinho do noivo.


O salão de Barbosa também foi o responsável pela produção do casal. Tradicional e de família, como ele seria o mestre cerimonial, a filha, que também trabalha no local, foi a responsável pela maquiagem da noiva. 


Charrete x carroça

Os dois veículos utilizam a tração animal. A diferença entre eles é que uma é exclusiva para passeio. A carroça é usada para transportes diversos e veículo de carga.

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