há 74 anos

VÍDEO: ex-combatentes que atuaram na Segunda Guerra recebem homenagens em Santa Maria

Thays Ceretta


Fotos: Renan Mattos (Diário)
Cerimônia do 74º aniversário da Tomada de Monte Castelo foi nesta quinta-feira

"Eles são um exemplo digno de atuação e dedicação no cumprimento do dever e de amor à Pátria". Foi assim que os ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foram lembrados durante a cerimônia do 74º aniversário da Tomada de Monte Castelo, realizada na manhã desta quinta-feira, no quartel da 6ª Brigada de Infantaria Blindada. Todos os anos, o evento tem como objetivo lembrar e homenagear as ações dos "pracinhas" na campanha da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial.

Mesmo com um sol forte, calor e alta temperatura, Taltíbio de Melo Custódio, 97 anos, e Aribides Rodrigues Pereira, 98, fazem questão de participar das cerimônias anuais. Dos muitos militares de Santa Maria e região, eles são os representantes vivos que, na época, foram integrantes do confronto na Europa. Com um pouco de dificuldades para caminhar, eles foram levados ao palanque de carro.

Em seu discurso, o comandante da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, general Paulo Roberto Rodrigues Pimentel, agradeceu a presença de todos, principalmente dos pracinhas, e reforçou a importância da data para o país.

_ A história da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e dos feitos heróicos dos nossos pracinhas ainda precisa ser mais bem avaliada pelo cidadão brasileiro, para que entenda, de fato, o que foi a grandeza do trabalho deles. Que sirva de inspiração para os nossos soldados, que cada geração encontre o seu próprio desafio a ser vencido. Eles são fonte de inspiração para esta juventude que se encontra em forma _ reiteirou o general.

Os 74 anos da Tomada de Monte Catelo marcam o maior e mais difícil combate que a FEB participou. Para quem esteve na batalha, é uma honra receber homenagens.


_ Para mim, significa que ainda estou na guerra. Cada cerimônia é uma recordação viva do que a gente passou lá. Os combates marcaram bastante, tudo era perigoso, caía bomba e tiro para tudo que era lado. Parecia que a gente ia morrer em seguida. É uma experiência muito grande, deixamos as famílias aqui e nunca sabíamos se íamos voltar _ relembra Taltíbio de Melo Custódio, 97 anos.

Com a voz embargada, o ex-combatente Aribides comenta que não se considera merecedor de tanta homenagem, e ainda lembra da chegada e partida de cada combate.

_ Lembro da chegada e da saída dos combates, de quando a gente viajou e chegou no local do acampamento. Lembro do barulho dos tiros que eram para valer, não era de brinquedo _ recorda Aribides.


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