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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Um dia depois da morte de Veronica Oliveira, 40 anos, assassinada a facadas em Santa Maria, familiares e amigos prestaram mais homenagens. Aos gritos de "Veronica, presente!" e "Mãe Loira, presente!" o caixão, coberto pela bandeira colorida que simboliza a luta pela igualdade, principalmente da comunidade LGBTQI+, entrou no Cemitério Ecumênico de Santa Maria onde ocorreu o enterro na manhã desta sexta-feira.
As dezenas de pessoas que acompanharam o sepultamento trouxeram bandeiras, cartazes com fotos e até um estandarte do bloco carnavalesco 'Mãe Loira', que foi criado por Verônica. Ao final, o choro dos amigos e familiares se misturou a aplausos e gritos de justiça.
Verônica, que é transexual e há 13 anos fundou uma alojamento para trans em Santa Maria, foi atingida na madrugada de quinta-feira, na Avenida Presidente Vargas, próximo da Avenida Borges de Medeiros.No mesmo local, Carolline Dias também foi assassinada em setembro.
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Neste momento, a investigação aponta que um homem, em um carro, se aproximou dela e outras duas pessoas, querendo negociar um programa. Com a negativa, começou uma discussão e o homem acabou esfaqueando Verônica. Ela foi socorrida pelo Samu, levada ao Hospital Universitário de Santa MAria (Husm), mas não resistiu e morreu horas depois.
Verônica é a terceira trans assassinada neste ano, em menos de 4 meses, na cidade. Além da estatística, que assusta a todos, a morte de Veronica comoveu santa-marienses e ativistas porque há anos ela ajudava outras pessoas transexuais em seu alojamento, o primeiro do Estado com essa finalidade. Ela também organizava ações de solidariedade com pessoas carentes.
*Colaborou Janaína Wille