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VÍDEO: aposentada faz roupas para crianças em situação de vulnerabilidade social

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Para Helga Corrêa, fazer agasalhos para a doação é investir tempo em favor de quem precisa

Há cerca de três anos, a merendeira aposentada Helga Rosane Corrêa, 60 anos, decidiu utilizar a habilidade com as agulhas de crochê para auxiliar quem necessita de ajuda no inverno. Em casa, no Bairro João Goulart, ela confecciona blusões e casacos de lã para meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social. Desta forma, oferecendo as peças para quem precisa através do perfil no Facebook, a santa-mariense já conseguiu aquecer o inverno de quase uma dezena de crianças.

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Geralmente, ela faz o trabalho durante a noite, utiliza o ponto malha como técnica de tricô e compra com recursos próprios os botões para os casaquinhos. Entretanto, a preocupação de Helga com os pequenos ultrapassa mais de três décadas. Durante 35 anos, ela trabalhou como merendeira do Colégio Estadual Padre Romulo Zanchi.

Na instituição, a profissional se destacou entre os funcionários por, além exercer a função, dar muita atenção e amor aos alunos. Ela conta que, no dia a dia, recolhia doações para quem mais precisava.

- Eu chamava as crianças em um canto para dar os itens. Alguns tinham vergonha de aceitar as doações, mesmo que necessitassem bastante - lembra Helga.

Conforme conta a diretora do colégio, a professora Jane Zorzi, 61 anos, a merendeira sempre estava disposta a doar o tempo dela para os alunos. Na Romulo Zanchi, segundo ela, cerca de 60% das crianças que frequentam a educação infantil são oriundas de famílias de baixa renda e estão em situação de vulnerabilidade social. Do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental, a instituição atende cerca de 130 alunos e, ao todo, aproximadamente, 600. Jane diz que, há alguns anos, Helga e ela chegaram a buscar tratamento clínico para as crianças e, até mesmo, dar banho nelas nas dependências da escola, tamanhas eram as dificuldades que alguns alunos enfrentavam.

- Assim que chegava na escola, Helga perguntava o que podia fazer para ajudar a transformar a realidade ao seu redor. A própria função de merendeira, às vezes, exige que a profissional vá além dos limites funcionais, para poder servir a comida com amor. As escolas, principalmente as públicas, precisam de funcionários que, assim como a Helga, não se preocupem apenas com o aspecto material, mas, também, com o lado humano - completa a diretora.

Helga fala qual é a sua motivação para tricotar os agasalhos:

QUENTES E SINGELOS
Helga afirma que as peças de roupa que produz não possuem muitos detalhes ou enfeites. Ao priorizar o voluntariado, ela diz que a intenção é que os itens sirvam para aquecer aqueles que, geralmente, não conseguem se abrigar e aquecer nesta época do ano. A aposentada conta que algumas pessoas vão até a casa para buscar os agasalhos:

- Minha irmã esteve aqui na semana passada e levou algumas peças para Charqueadas, onde mora. Não tenho contato frequente com as famílias que recebem as roupas, mas sei que estou melhorando, pelo menos um pouco, o cotidiano delas. Faço o bem sem olhar a quem.

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Um dos filhos de Helga, Diego Preigschadt, 39 anos, fala que, ainda na infância, acompanhava a mãe quando ela recolhia roupas para doações. Ele também foi testemunha do trabalho que ela já realizava no Colégio Romulo Zanchi:

- Como eu trabalhei no setor de entregas de uma loja, às vezes, conseguíamos alguns móveis e eletrodomésticos para doar. A mãe se encarregava de procurar famílias que estivessem precisando.

Recebendo salários parcelados por parte do Governo do Estado, Helga fez uma postagem no Facebook, em julho, pedindo doações de lãs para poder continuar amenizando as dificuldades dos necessitados. Quem quiser doar novelos pode entrar em contato através do perfil dela na rede social

*Colaborou Rafael Favero

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