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VÍDEO: 2,1 mil famílias em 15 cidades já recebem entrega de água em caminhão-pipa na Região Central

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Foto: Prefeitura de Agudo (Divulgação) 

Com vertentes e poços artesianos secos, moradores da Zona Rural sofrem com a falta d'água para o consumo. Em muitas comunidades, a chegada de caminhões-pipa da Defesa Civil é um sinal de esperança e ameniza a situação, mas não resolve o problema. Um levantamento feito pelo Diário aponta que, pelo menos, 2.155 famílias de 15 cidades da Região Central já dependem do abastecimento de água das prefeituras, uma vez que estão sem água encanada. 


O levantamento contabiliza também a entrega de água para consumo de animais, já que açudes e bebedouros também estão sem água. Além da falta de chuva regular, o calor extremo, que chegou aos 40ºC nos últimos dias, contribui para que os reservatórios de água baixem de nível ou sequem ainda mais rápido. Dos oito municípios da região que já decretaram situação de emergência, apenas Cruz Alta ainda não realiza distribuição de água à população. 

Com atuação do fenômeno La Niña, chuva deve continuar abaixo da média nos próximos meses

No município de Agudo são cerca de 800 famílias assistidas com entrega de água potável e também para os animais. A Secretaria de Agricultura também fez a entrega de 30 caixas d'água para armazenamento e mangueiras. A prefeitura faz um apelo para que a água potável seja usada apenas para o consumo humano.

- São três anos seguidos de estiagem no município. Já há água em falta no interior, por isso, fazemos a entrega. Para o consumo de animais, também levamos água e estamos realizando a abertura de bebedouros, para que as pessoas não usem a água potável com essa finalidade - explica o secretário de Agricultura, Giovane Neu.

São Sepé, que ainda não assinou o decreto de emergência, tem mais de 100 famílias atendidas com distribuição de água, com uma média de 450 mil litros por mês. Conforme a prefeitura, ao longo de 2021 foram abertos 90 vertedouros e fontes para abastecimento de água para o consumo humano.

- Além disso, estamos iniciando a entrega de água para os animais, com água retirada do rio, sem tratamento, para a pecuária e para evitar a morte de peixes em pequenos tanques - afirma Pedro Renato Silveira, gerente do escritório de Desenvolvimento da prefeitura de São Sepé.

No interior de São Gabriel, que também ainda não está com o decreto, existem localidades com problemas crônicos de desabastecimento de água, como os assentamentos Cristo Rei, Itaguaçu e Catuçaba. São 300 famílias com esta realidade. O Rio Vacacaí, que passa por São Gabriel, está abaixo do nível e até mesmo seco em alguns trechos. 

A SITUAÇÃO NA REGIÃO
Pelo menos 15 municípios já fazem entrega de água, tanto para consumo humano quanto animal. Veja quantas famílias são atendidas em cada cidade:

  • Agudo - 800 famílias
  • Caçapava do Sul - 277 famílias
  • Itacurubi - 30 famílias
  • Jaguari - 25 famílias
  • Júlio de Castilhos - 100 famílias 
  • Nova Esperança do Sul - 10 famílias
  • Quevedos - 15 famílias
  • Restinga Sêca - 15 famílias 
  • São Pedro do Sul - 296 famílias
  • Santa Maria - 95 famílias 
  • Santiago - 30 famílias
  • São Francisco de Assis - 50 famílias
  • São Gabriel - 300 famílias 
  • São Sepé - 100 famílias 
  • Tupanciretã - 12 famílias

APOIO DO EXÉRCITO

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Como há prefeituras ainda sem estrutura que comporte a entrega de água, o Exército tem prestado apoio no abastecimento com empréstimo de caminhões-pipa. É o que acontece em São Francisco de Assis, que atende 50 famílias com entrega de água potável. 

SANTA MARIA

Em Santa Maria, conforme a prefeitura, são 95 famílias, que contabilizam 450 pessoas, que dependem da entrega de água por caminhão-pipa atualmente. Só no ano de 2021, 2 milhões de litros de água potável foram distribuídos pela Defesa Civil na cidade, principalmente, em localidades do interior. Ao longo do ano passado, o total de famílias atendidas foi de 619 famílias, totalizando 1.863 pessoas.

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Foto: Prefeitura de São Sepé (Divulgação) 

NO ESTADO

A Defesa Civil estadual contabiliza, atualmente, 138 mil propriedades rurais atingidas pela estiagem em 6 mil localidades do Estado. Já são 5 mil famílias sem acesso a água potável no Rio Grande do Sul - número que é uma estimativa e tende a ser maior, visto que nem todas as prefeituras ainda repassaram dados ao governo do Estado.

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