Vencedores do concurso fotográfico de Santa Maria falam de sua obras

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Vencedores do concurso fotográfico de Santa Maria falam de sua obras
Foto: Débora Melo

MARIODébora Melo, 30 anos, é fotógrafa freelancer e fotografa desde 2015. Foi a primeira vez que participou do concurso, e com Mario conquistou o primeiro lugar na categoria Profissional modalidade Cor. Ela conta que ficou surpresa e contente com o resultado, e a imagem premiada faz parte de um projeto documental. O trabalho de Débora podem ser conferidas no Instagram @joanemrjones.

“Essa foto é de um trabalho muito especial. Em 2018, eu decidi que queria contar uma história. Foi quando encontrei o Mario. Ele trabalha há muitos anos como sapateiro, em Porto Alegre, ofício que aprendeu com familiares. Eu ia ao trabalho dele aos sábados pela manhã conhecer a rotina. Durante alguns meses foi assim. No início, fotografei muito e conversávamos pouco. Conforme fomos nos conhecendo, as fotografias ficaram mais naturais, e as conversas e cafés mais longos. Gosto de dizer, que além das fotos que fizemos, também nos tornamos amigos. O Mario é o famoso brasileiro trabalhador e batalhador. Sempre em busca de realizar seus sonhos e objetivos, com muito suor e esforço, vive para a sua família. Acho que não havia como dar outro nome, se não, o dele próprio”. 

Foto: Eduardo Miranda Ramos

ACEITA UM DRINK?Eduardo Miranda Ramos, 35 anos, é jornalista e apaixonado por fotografia. Ele conquistou o primeiro lugar da categoria Amador na modalidade Cor com a imagem Aceita um Drink, captada durante um festival no interior de Santa Maria em fevereiro de 2020. O trabalho de Eduardo pode ser conferido no Instagram @eduardo.ramos.fotografia.

“Fiquei bem contente com o reconhecimento do concurso pois já participei muitas vezes e essa foi a primeira vez que fui contemplado. Eu gosto de fotografar desde criança. Essa foto foi feita no último Festival Morrodália, lá em Três Barras, e o nome da foto foi o que eles me falaram na hora que cliquei: Aceita um drink?”.

Foto: Carlos Bubols

ALINHAVAR PARA NÃO ESQUECERCarlos Bubols, 32 anos, é doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e começou a fotografar em 2017 como um hobbie, mas acabou se apaixonando pelo ofício. Em 2018, ele participou do concurso e recebeu uma menção honrosa pela foto Blue side of Montevideo. Desta vez, conquistou o primeiro lugar da categoria Amador na modalidade Preto e Branco com a imagem Alinhavar Para Não Esquecer. O trabalho de Carlos pode ser conferido no Instagram @carlosbubols e no Flickr.

“No final de janeiro fui visitar umas amigas na Chapada dos Veadeiros, e quando voltei, no início de fevereiro, peguei um voo com conexão em Belo Horizonte. Para não ficar 5 horas no aeroporto esperando meu voo, decidi sair pela cidade, já que não a conhecia. Fui então na Praça Liberdade, por indicação de uma colega de lá. Eis que, enquanto eu fotografava um prédio antigo, essa senhora da foto, a Helena, veio até mim pedindo ajuda para colocar a linha na agulha, se queixando de que havia pedido isso para outras pessoas que a ignoraram. Após fazer o que ela me pediu, ela começou a falar sobre a vida. Foi então que, pela primeira vez, pedi para fotografar alguém na rua (sobretudo uma pessoa em situação de rua). Sempre fico intimidado com isso, mas após essa abertura me senti à vontade, e ela aceitou que eu à fotografasse. Fiz diversas fotos dela (enviei mais duas para o concurso, além da vencedora, que receberam menções honrosas nas categorias p&b e colorida), mas essa se destaca por ela ter posto a mão no rosto quando começou a chorar falando sobre ser a única pessoa viva na família. O título da foto se deve a esses dois momentos: o pedido para que eu pusesse a linha na agulha para ela, que alinhavava algo que eu não identifiquei o que era; e as tantas histórias desconexas que ela me contou, intercalando umas sobre as outras. “Alinhavar para não esquecer”, nesse caso, significa a reunião dessas muitas memórias em uma colcha de retalhos, que nesse caso é a própria vida da Helena, que ela insistentemente buscava narrar. Esse encontro com a Helena me marcou profundamente”.

Foto: Marcos Cichelero

CARTÃO POSTALMarcos Cichelero, 34 anos, é mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e fotógrafo. Com a imagem Cartão Postal, ele conquistou o primeiro lugar na categoria Temática na modalidade Cor. É a segunda vez que ele participa do concurso. O trabalho dele pode ser conferido no Instagram @marcoscichelero.

“A fotografia “Cartão Postal” retrata um dos primeiros contatos de quem vem do norte e noroeste do estado com a exuberância de nossa cidade. O nome sugestivo tende apresentar a Ponte do Menino Deus com um de nossos cartões postais. A fotografia está a cada dia mais ligada a tecnologia e com essa foto não foi diferente, para conseguir o ângulo dessa imagem, foi utilizada uma câmera acoplada a um drone. Outra característica peculiar é o flaire, raios de luz invadindo a imagem, que muito utilizo em minhas composições fotografias. Através desta imagem parabenizo a cidade de Santa Maria pelo seu 163 aniversário e a prefeitura municipal que junto ao Masm realizou o 43 Concurso fotográfico – Cidade de Santa Maria”. 

Foto: Matheus Silva de Vargas

DIA A DIAMatheus Silva de Vargas, 20 anos, trabalha com audiovisual e fotografa desde 2013, mas a partir de 2019 aprofundou suas técnicas após ganhar uma câmera. É a primeira vez que participa do concurso e com a imagem Dia a Dia conquistou o primeiro lugar na categoria Temática na modalidade Preto e Branco. O trabalho de Matheus pode ser conferido no Instagram @matheus_varsi.

“A foto foi tirada no inverno de 2019, onde fui para centro praticar um pouco com a câmera. A meu ver, a cena ficou natural, uma parte do dia tão comum para muitos”. 

Foto: Ricardo Brisolla Ravanello

CONSERTOSRicado Ravanello começou na fotografia quando cursava a graduação de comunicação na UFSM, em meados de 1998. Fazia alguns trabalhos para os colegas do curso de Jornalismo que prestavam assessoria em um Jornal do Centro de Ciências Rurais. Depois a fotografia o acompanhou mais como hobby. Quando começou a dar aulas em cursos de graduação, eventualmente, quando faltava um professor, ele ministrava a disciplina de fotografia. Mas foi na UFSM que se firmou na atividade assumindo a cadeira de Fotografia no Curso de Desenho Industrial. O trabalho de Ricardo pode ser conferido no Instagram @ricardo_ravanello

“Essa é minha segunda participação no concurso. A foto consertos foi feita em Meknès, uma cidade antiga no Marrocos. Fotografar é a minha motivação principal para viajar e conhecer outras culturas. Em especial me interesso por lugares onde parece que o tempo parou, onde você pode encontrar modos de vida antigos ou periféricos em relação ao mundo moderno ou que tenham uma cultura radicalmente diferente da minha. Meu processo é muito simples, basicamente saio caminhando pelos locais fotografando. Os títulos acabam sendo criados pela necessidade do próprio concurso. Em geral não fico nomeando as fotografias, até pq são muitas. As vezes eles são úteis para dar algumas pistas sobre possíveis entendimentos da imagem”.

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