Após muita angústia e incertezas, a 121ª turma de Farmácia da Universidade Federal de Santa Maria(UFSM) pode respirar finalmente aliviada. Após 12 dias de campanha, a vaquinha virtual criada pela turma foi encerrada com o valor total de R$ 15.057 mil, parte do montante que vai garantir o pagamento da empresa e viabilizar as tão esperadas fotos de formatura. O valor foi usado por uma das aulas da própria turma, que assumiu ter usado R$ 13 mil para fins pessoais.
Aliviados, os estudantes não escondem a alegria e surpresa com a repercussão do fato nas redes sociais. A vaquinha foi criada no dia 6 de dezembro, e em 4 dias, arrecadou R$ 2.500 mil. Após a repercussão da reportagem publicada pelo Diário, em 8 dias, R$ 12.557 mil foram enviados até a turma.
— Chegamos a nos emocionar com o tanto de gente que se solidarizou e nos abraçou nesse momento. Foram tantas mensagens de apoio e carinho, compartilhamentos… A ajuda veio de muito lugares, inclusive de fora do Estado — afirma um dos representantes da comissão.
Nas redes sociais, a turma postou uma mensagem de agradecimento:
Agora, o dinheiro será usado para quitar as dívidas com o pai de uma das aulas e uma colega,que emprestaram dinheiro para a turma para quitar o prejuízo causado pela festa e também com a empresa. O contrato foi assinado ainda em 2020 e garante o pacote de produção de fotos externas e em estúdio da turma com amigos, familiares, além dos, convites, quadro de formatura e também a cobertura do dia da solenidade.
Para os estudantes, a situação estressante ensinou sobre a importância de redobrar os cuidados que envolvem a arrecadação de dinheiro e cumprimento de cláusulas referente aos contratos:
— E as demais turmas também, não cometam o mesmo erro que nós. Abram CNPJ e uma conta da turma, não somente uma pessoa. E de preferência, não assinem modalidade de contrato coletivo, e sim individual, onde cada um paga diretamente para a empresa, sem envolvimento da comissão nesta parte — reforça um dos integrantes da comissão.
A turma registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria (DPPA), onde o caso será investigado. Em entrevista ao Diário, a mãe da aluna informou que parte do dinheiro teria sido gasto com alimentação e conta que ela e o marido pretendem reverter o prejuízo financeiro causado pela filha à turma, mas sem prazo para que todo o dinheiro seja devolvido.