Para não repetir a estatística

Santa Maria registrou 50 assassinatos em 2014

Marilice Daronco

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No ano passado, Santa Maria registrou 50 assassinatos (veja quadro) - número que pode ser ainda maior se for confirmado que Adriana Campos, 37 anos, cujo corpo foi encontrado em Restinga Seca, foi morta na cidade. O número representa um aumento de 25% nesse tipo de crime em relação a 2013. Homens, entre 18 e 35 anos, que moravam no bairro Nova Santa Marta e foram assassinados a tiros são a maioria dos mortos.

Um estudo elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e divulgado no ano passado aponta que, no Brasil, a média é de 25,2 assassinatos a cada 100 mil habitantes - um pouco mais alto do que o registrado em 2014 em Santa Maria: 18,19. No mundo, a taxa média de homicídios é de 6,2 para cada 100 mil pessoas, mas o sul da África e a América Central têm taxas quatro vezes maiores. Em Honduras, o país com a maior taxa de assassinatos do mundo, são 90,4 mortes para cada 100 mil habitantes. Segundo o relatório, a maior parte das vítimas de homicídios é formada por menores de 30 anos, dado semelhante ao registrado em Santa Maria no ano passado.

Medidas em 2015

Para frear esse tipo de crime na cidade, segundo o tenente-coronel Sidenir Cardoso, que responde pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), um dos principais investimentos de 2015 para evitar que mais assassinatos ocorram será na realização de operações conjuntas com a Polícia Civil e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
- Acreditamos que o índice vai diminuir bastante porque ter um titular na Vara de Execuções Criminais deixa os presos, principalmente os do semiaberto, sob um controle mais rígido - afirma Cardoso.

Conforme o policial militar, para este ano foram afinadas questões entre os setores de inteligência dos diferentes órgãos de segurança. O delegado regional, Marcelo Mendes Arigony, também acredita em um ano com menos assassinatos:
- Com a situação prisional mais acomodada, devido à chegada do juiz (Fabio Welter), em julho, já houve uma curva decrescente porque havia muitos presos envolvidos como autor ou vítima dos assassinatos.

Segundo a Polícia Civil e a Justiça, na maioria dos homicídios, de alguma forma, o fato de as vítimas terem tido envolvimento com drogas acabou colaborando para que elas perdessem a vida.
- Em muitos casos, o usuário era a vítima, em outros tantos, o assassino - completa Arigony.
Em 2014, segundo as estatísticas da Polícia Civil, 92,3% dos assassinatos foram esclarecidos.



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