Foto: Vinicius Becker
No Brasil e no mundo, a cerveja está entre as bebidas mais consumidas. E com o Dia Internacional da Cerveja comemorado nesta sexta-feira (1), volta à tona a pergunta: tomar cerveja faz bem para a saúde? A resposta não é simples , mas é clara entre os especialistas: se for consumir, que seja com moderação.
Após a ingestão, apenas uma pequena fração é excretada através da respiração, urina e suor, enquanto isso, os outros 90% absorvidos circulam livremente pelo corpo, sendo eventualmente transportados ao fígado. O consumo leve a moderado pode trazer efeitos positivos à saúde cardiovascular e melhorar os micro-organismos do intestino. Isso acontece porque a cerveja contém compostos que atuam diretamente no organismo.
Porém, o alerta dos especialistas é que não existe um nível de consumo totalmente seguro. A nutricionista Andressa Rodrigues reforça que mesmo quantidades pequenas de álcool podem aumentar o risco de diminuição nos reflexos. A sensação de relaxamento, que muitos acreditam ser positivo, é prejudicial.
- O álcool que contém na cerveja é uma substância depressora do sistema nervoso central que faz com que a atividade cerebral diminua. Mas isso não é um fator positivo, pelo contrário, ele afeta o sono. O álcool é um sedativo, sendo assim, o início do sono costuma ser mais rápido para quem bebe maior quantidade. Dessa forma, algumas pessoas irão para sono profundo rapidamente - diz a especialista.
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O álcool presente na bebida atua diretamente no sistema nervoso central, atuando e podendo induzir relaxamento, mas também prejudica reflexos, memória e qualidade do sono se consumido em excesso. A sensação de relaxamento não é mentira.
A presença de etanol combinado a compostos pode ter efeitos anti-inflamatórios leves e impactar positivamente a circulação sanguínea, mas esses efeitos são temporários e dependem da quantidade consumida.
Cervejas alternativas ganham espaço
Entre os diversos estilos, as cervejas claras ou mais escuras, há diferenças nutricionais. As cervejas claras, como lagers e pilsens, têm menos álcool, menos calorias e menos carboidratos. Já as cervejas escuras, como artesanais, contêm mais nutrientes, como antioxidantes e vitaminas, mas também mais calorias. As cervejas sem álcool ganham espaço por manter parte dos compostos saudáveis sem expor o corpo ao etanol. Muitas delas também favorecem o sistema intestinal.
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Atenção no consumo
Não existe consumo recomendado durante a gravidez. Mesmo quantidades mínimas podem comprometer o desenvolvimento do bebê. A recomendação é clara: álcool zero na gravidez.
Para adolescentes, quando a formação da consciência não está completa, qualquer álcool tem impacto negativo. O consumo precoce está ligado a prejuízos na cognição, maior vulnerabilidade à dependência e maior risco de acidentes.
- O uso do álcool durante a gravidez é comprovadamente prejudicial ao feto, seu efeito teratogênico causa alterações sistêmicas e irreversíveis, como retardo no crescimento e alterações neurocomportamentais - alerta a nutricionista Andressa.
Quem já não consome cerveja não deve começar por possível benefício à saúde. Para aqueles que optam por beber, os limites sugeridos variam entre uma e duas unidades, preferencialmente durante as refeições. O segredo está na forma de consumir: com equilíbrio e responsabilidade.