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Professora da UFSM publica artigo em uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: assessoria de comunicação da UFSM
Coletas do trevo-branco em Santa Maria foram feitas do distrito de Pains até o Parque Itaimbé (na foto)

Na última sexta-feira, um artigo assinado pela professora Liliana Essi, do Departamento de Biologia do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), foi publicado na revista Science da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS). O texto "A mudança ambiental urbana global impulsiona a adaptação no trevo branco" investiga como o processo de urbanização no planeta pode interferir na evolução dos organismos, usando como modelo experimental uma planta nativa da Europa, mas comum em praticamente todos os continentes, o trevo-branco. Em Santa Maria, as coletas do trevo-branco foram realizadas em uma linha imaginária desde o distrito de Pains, passando pelo campus Camobi da UFSM, até a região central da cidade, no Parque Itaimbé. 

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A pesquisa se destaca por ser o maior teste replicado no mundo para a hipótese de que a urbanização leva à homogeneização de ambientes e à evolução paralela dos seres que neles habitam. Por meio dos resultados, foi possível concluir que duas cidades diferentes em qualquer parte do mundo são, em geral, mais semelhantes ambientalmente entre si do que com o ambiente rural em seu entorno.

De acordo com a professora Liliana, o entendimento da evolução em ambiente urbano pode facilitar o planejamento de estratégias para conservação.

- Muitas áreas do planeta altamente urbanizadas se sobrepõem com hotspots de biodiversidade, e a compreensão de como a urbanização pode contribuir com homogeneidade dos habitats e possivelmente a redução da biodiversidade é fundamental para planejar formas de conservar ambientes naturais diversos e as espécies mais vulneráveis do planeta - explica.

A PESQUISA
O projeto, liderado pelo pesquisador Marc T. J. Johnson, da Universidade de Toronto, no Canadá, envolveu um grupo internacional de 288 colaboradores de 160 cidades distribuídas em 26 países de seis continentes. A pesquisa teve início em 2017, e a etapa de análises e redação durou aproximadamente três anos. Todos os cientistas contribuíram com as primeiras versões do manuscrito, mas a etapa final ficou restrita aos organizadores.

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As comunidades auxiliaram na localização das populações de trevo-branco nas cidades. Após a coleta, foram realizadas análises genéticas das amostras em cada município e algumas foram selecionadas para análises genômicas no Canadá. Além disso, foi feita a observação de dados ambientais por meio do uso de satélites e de bancos de dados globais que dispõem de informações sobre vegetação, temperatura, entre outros.

A docente afirma que esta publicação evidencia como o trabalho colaborativo internacional pode contribuir de forma impactante no avanço do conhecimento de temas complexos.

- Um trabalho grande requer tempo, nem sempre os frutos são colhidos logo. Tem muito esforço de leitura, análise, redação, e todas essas etapas são muito importantes. Também não se consegue trabalhar em projetos grandes sozinho. Na atualidade, é essencial desenvolver a habilidade do trabalho em equipe para exercer a pesquisa - avalia. 

*Com informações da Unidade de Comunicação Integrada da UFSM

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