A cabeleireira Luciana Santos da Silva, de Restinga Sêca, foi a primeira gaúcha a ter uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) emitida com o nome social. Segundo o Detran, ela estava com a CNH ainda válida, mas pediu uma segunda via para trocar o documento onde constava o nome civil masculino para um documento com o nome condizente com sua identidade de gênero. A possibilidade de pessoas trans e travestis incluírem o nome social na CNH veio com a mudança no layout do documento que ocorreu no dia 1º de junho. Segundo o Detran, essa é uma importante conquista que vem justamente quando se comemora o Mês da Diversidade.
Leia mais
Diversidade e inclusão são os objetivos do 1º Festival Internacional LGBTQIA+ de VôleiEdital seleciona espetáculos para o Theatro Treze de Maio para ainda este ano
O direito à utilização do nome social já está garantido no documento de identidade no Estado desde 2019 e o reconhecimento da identidade de gênero na administração pública também já foi reconhecido (Decreto Federal 8.727/2016). Na CNH, com a mudança instituída pela Resolução 886/2021, é possível incluir a informação.
A inclusão do nome social na CNH só pode ser feita por quem já tem o nome social no RG, já que as informações vêm do cadastro do Departamento de Identificação do Instituto-Geral de Perícias (IGP). O nome social é o que ficará impresso no documento e o nome civil aparece somente no cadastro acessível via QR Code.
Luciana, que é casada há 21 anos, já utiliza o nome social na carteira de identidade desde janeiro. Fez a alteração por incentivo de amigos e da família, já que com o nome social ela evita constrangimentos em aeroportos, médicos e outros locais em que o nome chamado não condizia com a pessoa. Ela tem CNH categoria AD, ou seja, é habilitada para dirigir moto, carro, ônibus e caminhões. Se não fosse empresária, tinha intenção de ser motorista.
– Usar o nome social também na CNH é uma glória, já que é o documento que eu mais utilizo – comemorou.
Leia todas as notícias