Os movimentos que se articulam visando a sucessão de Pozzobom

Claudemir Pereira

Os movimentos que se articulam visando a sucessão de Pozzobom
Foto: Arquivo Diário

São facilmente identificáveis pelo menos três movimentos em torno da sucessão de Jorge Pozzobom (foto). Dois do centro para a direita e um à esquerda. Sim, há gente que ainda não entrou no processo, mas fará parte dele – e o PDT é um exemplo. Também é verdade que podem acontecer mudanças pelo caminho. Faz parte da dinâmica política. E que articulações são essas, afinal? Confira:

– A iniciativa dos governistas tucanos para atrair o MDB, reproduzindo a dobradinha que venceu a eleição estadual. Para tanto, deve-se abrir espaço aos emedebistas na Prefeitura. O único nome significativo que se nega a discutir o tema, ao que se sabe, é Tubias Calil. Que hoje, porém, é minoritário na sua agremiação.

Para manter-se no poder, no pós- Pozzobom, a ideia óbvia é filiar o vice Rodrigo Decimo, hoje no União Brasil, sem perder o apoio do UB, que tem também Manoel Badke e Cida Brizola entre seus principais nomes.

Além disso, o PL se manteria no grupo, num grande frentão supercompetitivo de centro-direita, unindo PSDB, MDB, UB e PL, pelo menos – sem esquecer do aliado de hoje, o Republicanos.

– À Direita, nota-se movimentação entre integrantes do PP, partido com a maior bancada na Câmara e que não tem candidato natural à Prefeitura, exceto, quem sabe, João Ricardo Vargas. Essa é a explicação principal para a tentativa – e conversas já houve – de cooptar o NOVO e seu ex-deputado estadual, Giuseppe Riesgo (leia nota especifica mais abaixo). Se houver sucesso, o “problema” do nome estaria resolvido. Restaria ampliar a aliança. Neste caso, afora siglas menores, o Republicanos, não obstante sua ligação com o governo atual, seria o alvo principal.

– No lado canhoto, parece evidente que Valdeci Oliveira não terá como se desvencilhar (se fosse seu interesse) da disputa. O petista já tem o apoio dos integrantes da Federação de que faz parte, PC do B e PV. Outros partidos menos fornidos deverão se aliar, além do PSB, que já se alinha na Câmara de Vereadores. Aqui, a dúvida importante que remanesce é a presença do PDT no grupo, que tende a acontecer. As dissensões internas pedetistas impedem de cravar quem será o representante da sigla na chapa. Afinal, a ela está destinada a posição de vice.

Esses são os movimentos evidentes, hoje. E claro que há outras pretensões, como as de Tony Oliveira, hoje no Podemos, e Jader Maretoli, por ora na mesma grei, que incorporou o PSC, partido pelo qual concorreu a deputado. Mais opções? Podem surgir. Mas estão condenadas à irrelevância, por enquanto.

Troco público passa a ser usado pelo NOVO, que pensa no pleito de 2024

Foto: Arquivo Diário

“Convenção decidiu por algo que eu não concordo. Apresentei minha posição, discordei internamente e tentei convencer a não fazer isso. Como fui voto vencido, prefiro não atacar o partido publicamente. Quem sabe eu que esteja errado mesmo. O futuro dirá.”

As palavras são do ex-deputado estadual e atualmente na chefia do gabinete do Deputado Federal Marcel Van Hatten, o santa-mariense Giuseppe Riesgo (foto). Ele se refere à decisão da convenção nacional do NOVO, no início da semana, que acaba com um dos mantras da agremiação. Sim, a partir de agora, os novistas passarão a utilizar recursos públicos, provenientes do Fundo Partidário. A explicação, a justificativa ou, dependendo do jeito que o leitor encarar, a desculpa, é, como se lê no site do partido, “mudar para crescer”. E prevê, inclusive, a possibilidade de pagar gestores.

Riesgo afirma que, em Santa Maria, a medida não terá efeito imediato. No entanto, “pode ter futuramente a contratação de alguém que faça um trabalho exclusivo para o partido, para ajudar a captar candidatos e formar a chapa de 2024”.

A questão, posta ao militante é que perfil teria esse alguém? “Os defensores da utilização do Fundo dizem que essa é um dos motivos. Sobre o perfil eu não sei. Acho que nem montaram isso ainda. Muito cedo para dizer”, falou.

De todo modo, é possível prever mudanças significativas no até esta semana rígido partido NOVO. Quer ver? Mesmo deixando claro que se trata de opinião pessoal, ninguém duvida da influência de Riesgo no partido em Santa Maria, juntamente com o ex-candidato ao Piratini, Ricardo Jobim.

Assim é que, perguntado sobre a possibilidade de alianças (algo outrora impensável na grei) para a disputa municipal, Riesgo não titubeia: “certamente está no horizonte. Diria que, sem isso, não tem candidatura para a Prefeitura. Pelo menos da minha parte eu não cogitaria concorrer sem coligação.”

Mas o NOVO, faz a pergunta derradeira o colunista, só toparia ser cabeça de chapa ou aceitaria compor como vice, por exemplo? De novo, Giuseppe Riesgo não tergiversa: “tudo é possível”.

Santa-marienses em Brasília em dois destinos, a Secom e a pasta da Justiça

Além de Paulo Pimenta e Ricardo Blattes, pelo menos outros três santa-marienses se deslocam para Brasília, onde desempenham funções no Governo Federal.

Pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, dois profissionais. Um o jornalista Fabricio Vargas, que até há pouco estava na assessoria da vereadora Marina Callegaro. Outro o designer, e com atuação nas mídias digitais, Lucas Machado – que há bastante tempo já acompanha Pimenta, mas lotado em Santa Maria.

De outra parte, importante função foi reservada a outro santa-mariense. A convite de Blattes, Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, quem está em Brasília é o advogado e professor da UFN, Vitor Hugo do Amaral Ferreira (foto).

Conforme Blattes, a função Amaral Ferreira é estratégica. No caso, a Coordenação Geral de Estudos e Monitoramento de Mercado.

EM TEMPO: todas essas pessoas, e outras que ainda poderão ir, contam em comum o fato de terem feito sua formação em Santa Maria. O que tem, sim, o seu significado.

Luneta

PARTIDOS

Os dados são de janeiro deste ano: Santa Maria tem 31 partidos com existência legal. Somados, contam 28.570 filiados. Um contingente e tanto. Porém, mais até que o fato da maior parte deles ser apenas cartorial, sem grande vínculos de militância, está a situação de os próprios comandos não serem definitivos. Mais que isso, das mais de três dezenas, somente 12 possuem hoje uma direção constituída.

PARTIDOS II

Onde estão os outros 19 partidos, que têm filiados? Suas direções estaduais nomeiam um e outro para, em nome deles, negociar alianças. Sem qualquer vínculo com os militantes. Quer saber mais? Da dúzia com comando legal, nada menos que cinco, quase a metade, têm direções provisórias. São eles PDT, PSD, Republicanos, Podemos e PL. E quem tem direção permanente? PSDB, PP, PSOL, PC do B, PT, MDB e PSB.

PARTIDOS III

Foto: Arquivo Diário

Dos 12 partidos com direção formal na cidade, três (MDB, PL e PSB) as têm definidas até 2024. E só duas das demais precisam ver como será sua vida já ali na esquina. O mandato de João Chaves, no PSDB, acaba no dia 30 deste mês. E o de Marcelo Bisogno (foto), no PDT, em 3 de abril. Nos tucanos, tudo deve ser tranquilo. Já no pedetismo, mmm…, a situação pode não ser tão mansa. Pode. A conferir.

SEM SER PT

O Partido Verde é, em Santa Maria, o primo pobre da Federação que une ainda o grandão PT e o pra lá de histórico PC do B. E poderá se transformar, como disse atento observador, escoadouro dos descontentes com outras agremiações e que não gostariam de ser petistas ou comunistas do B. Enfim, no resumo de um analista: o PV pode ser a alternativa de muitos que sonham em estar junto do PT “sem ser PT”.

PARA FECHAR!

Certa feita, um edil aprovou na Câmara local, uma moção furibunda contra Fidel Castro. Resultado: provocou alaúza no Legislativo e ganhou espaço na mídia. E só. Consta que, ao saber da medida, o então líder cubano dormiu uma semana na pia. Resumindo e sem desfazer quaisquer moções, de repúdio especialmente, elas têm apenas uma função objetiva: chamar a atenção para o autor. O que é muito. Ou nada.

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