Pandemia

Nove cidades da região teriam problema nos registros de vacinas, não na data de validade

Arianne Lima

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Após receber o último levantamento da Secretaria da Saúde (SES), a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), com sede em Santa Maria, entrou em contato nesta terça-feira com os municípios da Região Central. A ação busca concluir a investigação sobre a aplicação de doses de três lotes recebidos pelo Rio Grande do Sul e que teriam sido administradas fora do prazo de validade. Até agora, a SES identificou 887 casos em todo o Estado que podem ser de doses atrasadas ou erro de informações no sistema de vacinação. 

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De acordo com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), até o momento, a maioria dos municípios teria retornado com informações que comprovam que ocorreu erro no registro, descartando a possibilidade de aplicação das doses em tempo indevido. Após a explicação de todas cidades, até o final desta semana, a SES deve divulgar uma lista atualizada esclarecendo onde há casos de vacinação com data de validade expirada ou com informações erradas no sistema de informação. 

Conforme a avaliação fornecida pela SES nesta segunda-feira, são 271 casos em nove municípios da região, inclusive Santa Maria, fariam parte dos dados equivocados com aplicações em primeira dose (D1) e segunda dose (D2) a serem analisadas. São elas:

  • São Sepé -  84 casos (77 D1 e 7 casos D2)
  • Restinga Sêca - 78 casos (12 D1 e 66 D2)
  • Quevedos - 7 casos (5 D1 e 2 D2)
  • Rosário do Sul - 17 casos (3 D1 e 14 D2)
  • Santiago - 2 casos D1
  • São Pedro do Sul - 3 casos 1 D1 e 2 D2
  • São Gabriel - 1 caso D1
  • Cacequi - 46 casos (1 D1 e 45 D2)
  • Santa Maria - 33 casos (1 D1 e 32 D2)

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O QUE DIZEM AS PREFEITURAS

Por e-mail, a prefeitura de Santa Maria informou que estaria seguindo a recomendação da 4ªCRS e fazendo as alterações no cadastro, conforme o lote e a data de vencimento da vacina.

Em Restinga Sêca, conforme o prefeito Paulo Ricardo Salerno (MDB), as doses do lote mencionado pela SES foram recebidas pelo município em 25 de janeiro e foram aplicadas até 3 de fevereiro, antes do fim do prazo de validade. Segundo Salerno, a confusão deve ter sido causada por atraso na atualização de dados no sistema do governo federal. 

Em contato com a responsável pelo setor de imunização de São Pedro do Sul, a equipe do Diário de Santa Maria conversou com a enfermeira Juliana Reolon Pujol. De acordo com Juliana, estão sendo buscados os dados sobre o lote com o qual os três pacientes apontados pelo relatório teriam sido vacinados. Mas, haveria uma dificuldade de localizar as informações na lista com mais de 870 casos. Segundo a enfermeira, deve ter um erro no sistema do Ministério da Saúde.

-Sem dúvida, digo que foi erro de digitação, porque fui eu quem verifiquei os lotes - afirma Juliana,

Recentemente, a profissional teria entrado em contato com a 4ª CRS sobre um lote Astrazeneca/FioCruz que estaria cadastrado de forma errado no Sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).

Por ligação, o diretor de comunicação da prefeitura de São Gabriel, Cláudio Moreira, reiterou que nenhum cidadão são-gabrielense foi vacinado com doses vencidas, pois o lote em questão teria sido totalmente utilizado em janeiro. 

Em nota, o secretário de Saúde de Santiago, Eldrio Machado, afirmou que todas as doses do lote foram aplicadas em janeiro, sendo que tinham 14 de abril de 2021 no vencimento. De acordo com a publicação, "o referido lote de vacinas, num total de 670 doses, foi recebido pela secretaria de saúde de Santiago no dia 25 de janeiro de 2021. No dia 26 de janeiro, foram todas distribuídas aos ESFs e Centro Materno Infantil para imediata aplicação". 

Por telefone, a secretária de saúde de São Sepé, Carla Pinto, argumentou que não teria sido questionada oficialmente pela 4ª CRS sobre o último levantamento e por isso, não teria enviado nenhuma resposta.

-Não me causou preocupação, porque os lotes foram usados em fevereiro - afirma.

ENTENDA O CASO

Com a divulgação de que 26 mil vacinas de Oxford/AstraZeneca teriam sido aplicadas fora do prazo de validade no Brasil, o governo do Estado e prefeituras realizaram uma conferência detalhada em três lotes recebidos pelo Rio Grande do Sul para apurar quantas teriam sido administradas após o vencimento. Como resultado, a Secretaria da Saúde (SES) produziu e enviou um relatório informando às 18 coordenadorias regionais de saúde que 877 doses podem ter sido aplicadas após a data de validade. Em alguns casos, no entanto, houveria apenas falha no preenchimento de dados nas planilhas. A possibilidade de irregularidade teria sido levantada por uma reportagem da Folha de São Paulo, publicada na última sexta-feira

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