Tragédia em Santa Maria

Mauro Hoffmann dá depoimento

Patric Chagas

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No dia em que a maior tragédia do Estado completou 11 meses, um dos sócios da boate Kiss prestou novo depoimento à Justiça. Acompanhado do advogado Mário Cipriani, Mauro Hoffmann compareceu à sede da Delegacia Regional da Polícia Civil, no último dia 27. Porém, diferentemente da primeira vez em que foi ouvido pela polícia, o empresário teria falado na condição de testemunha.

De acordo com Cipriani, por cerca de meia hora, Hoffmann respondeu ao delegado Gabriel Zanella os questionamentos referentes ao inquérito que trata sobre possíveis irregularidades por parte da casa noturna para a obtenção de licenças junto à prefeitura. Segundo informações da Polícia Civil, Hoffmann teria mantido as mesmas declarações prestadas em seu primeiro depoimento, ainda em 28 de janeiro, quando foi preso preventivamente. O teor da conversa não foi divulgado.

_ Como ele depôs na condição de testemunha, não estou autorizado a falar, pois se trata de um inquérito policial, e isso poderia atrapalhar a investigação _ argumentou Cipriani.

O advogado acredita que seu cliente não deverá prestar novo depoimento no caso e que este inquérito não interfere no andamento do processo que apura a responsabilidade criminal sobre a tragédia e no qual Hoffmann é réu.

Investigação apura suposta fraude em obtenção de alvarás
 
Em abril, a Polícia Civil deu início à investigação que apura a suposta existência de fraude em documentos apresentados pelos donos da casa noturna para a obtenção de alvarás e a possível aceitação, por parte do município, desses documentos que estariam em desconformidade com o que exige a legislação.

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Neste período, foram analisados documentos apresentados pelo Executivo, laudos técnicos e da legislação ano a ano, desde a abertura da casa noturna em julho de 2009. O advogado afirma que seu cliente não contribuiu em nada com a investigação, pois o inquérito apura fatos referentes ao período anterior ao que Hoffmann se tornou sócio da boate.

_ O conhecimento dele dos fatos é o mesmo que a polícia já tem _ afirma Cipriani.

No dia 26 de novembro, o outro sócio da casa noturna, Elissandro Spohr, o Kiko, compareceu ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre, para o que deveria ser um novo depoimento à Polícia Civil, mas se calou. Marlene Callegaro e Ângela Callegaro, mãe e irmã dele, respectivamente, também se apresentaram e, da mesma forma, reservaram-se ao direito de não dar declarações.

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